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Agência dos Correios em Picos adere greve nacional

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Trinta e seis sindicatos, espalhados pelos 26 estados brasileiros e o Distrito Federal, deflagraram, na noite desta terça-feira (10), às 22h00, aquela considerada a maior greve de todos os tempos da empresa Correios.

Segundo Adão Vieira, diretor sindical da região sul do Sindicato dos Correios, explicou que a categoria está entrando em greve porque estão se sentindo desrespeitados quanto aos direitos trabalhistas que estão sendo retirados.

“É uma greve nacional unificada da categoria. É a maior da história. Hoje, todos nós amanhecemos de braços cruzados para parar o trabalho, parar a logística. Repudiamos a atitude da empresa de não querer negociar com os trabalhadores para fecharmos o acordo coletivo de trabalho, tendo em vista que estamos em nossa data base. Então a empresa, em uma atitude truculenta, atacou nossa categoria ao rebaixar nosso acordo coletivo, que busca garantir a reposição da inflação, está ameaçando retirar nossa vale-cultura, está acabando com as horas extras para instalar o banco de horas, quer reduzir o adicional noturno, reduzir o ticket alimentação nas férias, está acabando com o vale-peru, com a entrega matutina em todo o país – o que desfavorece, principalmente, a nós que moramos na região mais quente, o Nordeste –, enfim… a empresa não quer acordo. Ela está em uma atitude clara de que quer rebaixar nosso acordo coletivo por baixo para ficar fácil de vender a empresa a preço de banana para a iniciativa privada”, disse ele.

Adão declarou ainda que outra luta da categoria é contra a privatização dos Correios e, por isso, segue por tempo indeterminado.

“Lutamos também contra a privatização da empresa. Quando alguém me pergunta se a privatização não será algo bom, mando conversar com as famílias vítimas das tragédias causadas pela Vale, vítimas dos crimes em Mariana e Brumadinho, no estado de Minas Gerais. Empresa esta que foi estatizada no Governo FHC. Só respondo isso, porque acho que isso já explica muita coisa”, declarou.

Em todo o país, o Correios está presente em 5570 municípios. Destes, apenas 324 geram lucro para a empresa. Adão explica que a empresa vai extinguir o trabalho nas regiões que não gerarem lucro.

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“Com a privatização, a empresa vai deixar de distribuir correspondências para cidades de pequeno porte, como Acauã, Aroeiras do Itaim, Paquetá, Santa Cruz do Piauí, Geminiano e Santana do Piauí, pois são polos que não geram lucro para a empresa. Elas não terão serviço nem de banco postal, nem de entregas de correspondências”, destacou.

Em Picos, somente da unidade de distribuição, são 34 funcionários. Destes, mais de 20 estão em greve. A mobilização acontece em outras cidades do Piauí, como Floriano, Francisco Santos e São João do Piauí. Em Picos, o atendimento continua sendo realizado, mas de forma parcial.

“Iremos demonstrar nossa força e trabalhar para que todos os funcionários em Picos venham a aderir à greve. Não vamos aceitar que nosso patrimônio se torne da iniciativa privada”, pontuou Adão Vieira.

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