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Amiga diz que jovem morta após tomar remédio para emagrecer sentia dores diariamente

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Uma amiga de Luanna Raquel, a jovem que morreu vítima de intoxicação no último domingo (4) após dar entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Oeiras, Sul do Piauí, contou ao G1, nesta segunda-feira (12), que a ela lhe relatou sentir-se mal diversas vezes durante a semana em que tomou um remédio para emagrecimento. Luanna e a amiga compraram e fizeram uso do medicamento juntas. A Vigilância Sanitária determinou a apreensão do medicamento. A empresa fabricante do medicamento informou que o produto que a jovem tomava não era o original produzido pelo laboratório.

A estudante universitária Remédios Sousa, amiga e colega de classe de Luanna Raquel, contou que decidiram dividir um frasco do medicamento para emagrecimento Redufite depois que viram diversos influenciadores digitais o recomendarem positivamente.

As duas compraram o medicamento de revendedores na cidade de Oeiras, localizada a 313 km de Teresina. “Vimos no Instagram muita gente falando como devíamos tomar. Diziam também que a gente poderia sentir dores de cabeça, tonturas e outros sintomas, mas que isso seria normal. Por isso quando sentimos os sintomas continuamos tomando”, contou Remédios.

Atestado de óbito indica intoxicação. — Foto: Reprodução

Atestado de óbito indica intoxicação. — Foto: Reprodução

De acordo com Remédios, Luana começou a fazer uso do medicamento no dia 26 de outubro. Remédios começou apenas dois dias depois. “A gente ficava sempre em contato, perguntando uma para a outra se já tinha se alimentando, se já tinha bebido água”, disse.

Segundo a amiga, Luana tomou o remédio por sete dias. Ela passou a relatar efeitos colaterais a partir do quarto dia. “Na terça feira (30), na faculdade, estávamos muito inquietas, com dor na cabeça, tanto que fomos embora da aula”, conta.

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Remédios contou que falou que recebeu um áudio desesperado de Luana, na madrugada de sábado (3). Na gravação que o G1 teve acesso, a universitária chora enquanto relata que acordou no chão do quarto de um desmaio. “Eu joguei o Redufite fora, não quero mais não. Eu quase morro, Medinha, meu coração acelerou, está bem acelerado”, disse Luana Raquel na gravação.

Outros relatos

Duas outras amigas da estudante relataram em vídeo que também tomaram o medicamento e sentiram efeitos colaterais, tanto os previstos pelo fabricante do Redufite como outros não especificados. Segundo elas, o remédio é bem conhecido na região.

A universitária Marianny Carvalho conta que ao comprar o medicamento, recebeu dos vendedores uma lista de sintomas que seriam considerados normais, mas sofreu sintomas que não estão na lista. “Eu cheguei a desmaiar diversas vezes, e minha pressão baixava muito”, disse.

A estudante Mikaelle dos Anjos relatou ter sentido fortes câimbras. “Começou por volta de 16h, e só veio parar a noite. Eu simplesmente não conseguia me levantar da cama. Em tudo que eu faço, sinto meus pés inchados agora, que era algo em que eu não sentia”, disse.

Ela afirmou ter tomado o Redufite durante seis dias e que sentiu enjoos e fortes dores de cabeça, além de perder a disposição para fazer exercícios físicos ou mesmo assistir as aulas na faculdade. Ela disse ainda que sente a imunidade baixa e dores de cabeça frequentes.

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“Como está modinha, e você quer apressar as coisas, você busca meios mais fáceis de conseguir. Realmente era uma coisa que eu não precisava. Infelizmente eu usei, e hoje eu sinto que meu organismo mudou totalmente”, declarou Mikaelle dos Anjos.

Medicamento falsificado

Procurada pelo G1, a Forfarma, empresa que produz o “Redufite Xtreme”, informou que o produto que a jovem tomava não era o original produzido pelo laboratório. A empresa disse ainda que as cápsulas originais contém apenas produtos naturais e que o medicamento clandestino pode conter substâncias sintéticas.

Fonte: G1 Piauí

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