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Cultura de Vila Nova abre 12ª Mostra de Cinema e Direitos Humanos com exibição do filme O Pescador e o Rio; fotos

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Cultura, educação, entretenimento, interatividade e inclusão social são dimensões e potenciais que a sociedade vila-novense concentrou no  Cine Mais Cultura Flor do Sertão, em Vila Nova do Piauí, durante esta quinta-feira (22), na exibição do filme piauiense “O Pescador e o Rio”, dirigido pelo cineasta Flávio Guedes.

A exibição desta quinta – feira foi dividida em duas sessões. Com duração de uma hora e dezesseis minutos o filme foi exibido na realização do projeto Cinema na Vila e, paralelo ao projeto, abriu a 12ª Mostra de Cinema e Direitos Humanos. A primeira sessão aconteceu às 13h30 tendo como público-alvo alunos da Unidade Escolar Municipal Sabino Gomes de Lima e da Unidade Escolar Estadual Luiz Ubiraci de Carvalho.

Dentro das atividades do projeto Cinema na Vila que marca abertura da 12ª Mostra de Cinema e Direitos Humanos, além de O Pescador e o Rio, foi exibido também também o curta-metragem A bicicleta do vovô, de Henrique Dantas. A ação foi desenvolvida pela Biblioteca Patativa do Assaré em parceira com a Secretaria Municipal de Cultura por intermédio da professora, Marli Veloso, com apoio da Prefeitura de Vila Nova, através do prefeito Edilson Brito, na gestão “Trabalho e Compromisso”.

A segunda sessão ocorreu às 18h30 também com alunos da Escola Luiz Ubiraci de Carvalho e da Unidade Escolar Zacarias Manoel da Silva que fica localizada no povoado São João Batista, há 12 km da sede do município. Ao final de cada sessão aconteceu o bate-papo para discussão do enredo, temática e valorização dos eixos com parte do elenco do filme piauiense e com especialistas da área de História e de Literatura.

No início do evento, representando o prefeito Edilson Brito, a primeira – dama, Ana Carolina, marcou presença, falou sobre a época enquanto estudante lembrando do Cine Spark em Picos e, do Cine Royal, em Teresina. Ana no momento de sua fala acolheu com boas-vindas os atores, entusiastas e o público presente.

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“É um momento de recordar e reviver os tempos do cinema porque é uma história que ao final tiramos cada vivência que é muito importante. Em nome da gestão “Trabalho e Compromisso” que vem dando apoio à todas secretarias. Sejam todos bem-vindos”, acolheu a primeira-dama de Vila Nova do Piauí.

A professora, Marli Veloso, condutora do evento falou sobre o objetivo da exibição cinematográfica e o que a ação pode trazer para melhor reflexão e comportamento da sociedade na contemporaneidade e para gerações futuras.

“Assistir aos filmes e discuti-los contribui para ampliar o debate sobre cultura e educação em Direitos Humanos através da produção cinematográfica. A atual conjuntura exige que discutamos questões cruciais como pobreza, fome, violência contra a mulher, direitos da pessoa idosa e dos portadores de necessidades especiais. As produções cinematográficas aqui exibidas e as que darão continuidade à  Mostra de Cinema em sua décima segunda edição, ampliam nosso olhar e nos impelem à ação. De certo é que não podemos silenciar”, enfatizou a professora Marli Veloso.

O ator, Davi Ângelo, que interpretou o personagem Manoel, irmão de Maria, esteve presente na exibição do filme e no bate-papo revelou o que a “Cidade Poesia” representa para a cultura.

“Para mim é um sentimento de gratidão porque o filme pode servir como objeto de estudo. Me senti surpreso com o convite do Flávio Guedes em participar do filme que me deu a honra de assinar a capa como designer. É uma alegria total participar desse elenco. Tivemos força de vontade, recursos próprios e concluímos o trabalho. Parabenizo desde já a cidade de Vila Nova por ser uma cidade cultural e abraço com braços e pernas (rsrsrs) onde participo há anos de eventos culturais. A exibição desse filme nos faz sentir motivados”, disse o ator.

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O ator Sávio Barão durante bate-papo fez seus agradecimentos pelo convite e incentivou jovens a seguir carreira como ator.

“Vocês que são jovens podem seguir e arrancar de dentro esse sentimento e dom porque vale a pena. Busquem a transformação porque a arte transforma. Durante esses 22 anos que vivo na arte a gente vem transformando, levando o nome de Picos por toda a região e cidades desse país. Em nome de todos eu agradeço. Muito obrigado!”, agradeceu recomendando que os jovens busquem o caminho da arte.

A atriz, Maria NiIza, interpretou Maria no filme e ressalta que a arte no sentido real da palavra tem que impactar e provocar a sociedade.

“A arte é confrontar o problema com as pessoas. Esse filme, por exemplo, não incentiva violência doméstica. Ele confronta de certa forma com as pessoas que praticam e assim incentivar o telespectadores a lutar contra. Temos que valorizar a arte, aprender, tem que ver e confrontar. A arte é para incomodar mesmo”, enfatizou a atriz.

A jovem Letícia, que integra o Núcleo de Cidadania dos Adolescentes – NUCA, de Vila Nova do Piauí, falou sobre o conteúdo do filme exibido. A mesma relatou seu ponto de vista e interpretação das cenas.

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“Esses filmes fazem com que nós adolescentes tenhamos uma visão de enxergar mais o mundo como ele é. A violência doméstica devemos combatermos cada vez mais e ter uma visão mais apurada, pois é algo sério e é muito ruim para a família. Esse filme retrata um adolescente que cresceu na crueldade em um ambiente ruim onde foi incentivado a praticar violência por conta do convívio quando criança somado com a pobreza, miséria e dificuldades. Por conta disso violentou seriamente sua mãe que acabou morrendo. Com dificuldades enfrentadas não conseguiu encontrar alternativas para lidar com elas. Depois que ele fez isso sofreu cada dia, viu que ali não era bom e perdeu uma das pessoas mais importantes da vida”, comentou.

A jovem parabenizou o elenco pelo enredo do filme. “Quero parabenizar e agradecer à todos vocês, Digo que cada vez mais ajuda os nuquenses. E jovens a evoluir cada vez mais”, concluiu elogiando o elenco do filme.

O cineasta e diretor do filme O pescador e o Rio, Flávio Guedes, por meio de vídeo chamada, revelou que chegado em Picos por volta dos  anos de 1997 e 1998, muito bem foi acolhido pela equipe seguindo o caminho das artes cinematográficas.

“Trabalhar com a equipe foi maravilhoso porque foram eles que me acolheram e abraçaram quando cheguei em Picos. Foram eles que me ajudaram a entrar nesse mundo teatral. O Pescador e o Rio é um trabalho que versa mais sobre a violência contra mulher e infelizmente é uma história retratada pela família brasileira. É um tema que precisa ser falado e discutido”, frisou o cineasta.

Flávio Guedes anunciou que o próximo filme será projetado na interpretação da primeira advogada do Piauí, Esperança Garcia, que viveu no regime escravocrata do Estado a assinar uma petição judicial defendendo os Direitos Humanos.

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