Droga apreendida em ônibus clandestino em Oeiras é avaliada em 400 mil reais; destino seria Picos

O delegado do 2º Distrito Policial de Picos, Agenor Lima Júnior, concedeu coletiva na manhã desta segunda-feira (10), na Delegacia Regional, para explicar como se deu a apreensão de drogas no último sábado (14), na cidade de Oeiras, a qual era transportada em um ônibus clandestino.

De acordo com Agenor Lima, esse tipo de apreensão é possível através de denúncias que são investigadas pela Diretoria de Inteligência da Polícia Civil. A apreensão resultou em 31 tabletes de entorpecentes, sendo 9 de cocaína e os demais de maconha. O total da apreensão foi calculada em 27 quilos de drogas, que está avaliada entre R$ 350.000,00 e R$ 400.000,00.

“Ultimamente nós temos obtido várias informações sobre o tráfico ilícito de entorpecentes da cidade de Picos, bem como também de Oeiras, através de ônibus de turismo, clandestino, que seguem uma rota alternativa, que não passa pela BR. Na sexta à noite nos deslocamos para a cidade de Oeiras e, juntamente com a equipe policial, com a equipe de investigação, Diretoria de Inteligência, verificamos quais ônibus desse tipo passariam pela região entre a sexta e o sábado, devido a informação de que haveria um carregamento de drogas no transporte passando entre os dias citados, no horário da manhã. Realizamos campana, realizamos monitoramento, nos deslocamos para a cidade de Colônia, e conseguimos êxito ao abordarmos o ônibus no terminal rodoviário da cidade de Oeiras”, explicou o delegado.

Agenor Lima disse ainda que, na oportunidade, um casal foi abordado. Os tickets que eles portavam localizou a bagagem deles, a qual estava em dois isopores, na parte de baixo do ônibus, os quais continham todo o material. O casal, segundo eles mesmos informaram, residem em Picos. Eles confirmaram que trariam a droga para Picos e que a trouxeram de São Paulo. Contudo, não relataram o destino final dela, ou seja, a quem entregariam.

“Não se sabe se eles possuem passagem. Tudo está sendo levantado. Esse é um trabalho constante que a gente tem realizado em parceria com a Polícia Rodoviária Federal, a Polícia Militar e, principalmente, a Civil das outras cidades, tendo em vista que a gente percebe que é uma rota constante para o tráfico. Esse ano foram verificados vários transportes de entorpecentes tanto pela BR e, como agora pudemos verificar, pelas rotas alternativas”, disse Agenor.

O delegado relatou ainda optou por ir a Oeiras fazer a abordagem para não correr o risco de perder os traficantes “de vista”.

“A prisão foi feita em Oeiras porque até lá as rotas são reduzidas. Passando de Oeiras, os ônibus tomam rotas que a polícia, às vezes, não tem como identificar, rotas sem asfalto. Então preferimos obter êxito do que perder essa apreensão e prisão, e fazendo com que a droga chegasse a Picos”, esclareceu.

Segundo passageiros, o ônibus seguiria para Valença, não sabendo, assim, em que ocasião passaria por Picos. No decorrer da investigação, caso se verifique colaboração de alguém da empresa nesse transporte de drogas, ela pode ser responsabilizada.