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Familiares se despedem de jovem goleiro morto no Ninho do Urubu

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Centenas de pessoas entoando hino do Flamengo, a plenos pulmões, entre nós na garganta e soluços. Foi a imagem de quem estava no enterro de Christian Esmério Cândido, 15 anos, uma das vítimas do incêndio no Ninho do Urubu, na tarde deste domingo, no Cemitério de Irajá, Zona Norte do Rio.

O pai precisou ser acodido. Ficou um tempo observando tudo à certa distância, mas não demorou para querer estar mais perto e se despedir do filho. Pessoas passaram mal, além da forte emoção, a temperatura média de 31 ºC, mas a sensação térmica era bem maior.

Entre hinos de louvor e cantos de torcida, familiares, amigos, fãs e solidários encheram as vias do cemitério para se despedir do atleta em ascensão.

“O Christian era um menino diferenciado, a gente sabia que ele ia chegar. Dava pra ver que ele ia ser um profissional de verdade”, afirma Manoel Carlos Soutello da Cunha, roupeiro do Madureira (clube que o goleiro despontou) há 11 anos e que conhece Christian desde que o jovem tinha oito anos. “Os meninos do Madureira eu trato como filhos. A gente abraça essas crianças como se fossem nossas. Estou perdendo um filho. Estou perdendo um filho”, repete o roupeiro com a voz visivelmente embargada.

Dois ônibus foram fretados para trazer amigos e familiares. Coroas de flores da CBF e da diretoria do CT do Flamengo também foram enviadas. O caixão estava coberto com a bandeira do Flamengo e a camisa do jogador.

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No fim do enterro, a impressão que dava era de que as pessoas não tinham acreditado no que aconteceu. Elas não queriam sair da área onde o corpo foi enterrado. Uma amiga do atleta, que não quis se identificar, frisou o sentimento dela.

“Vou lembrar dele como ele era: brincalhão, extrovertido. Ele prometeu fazer a lipo de uma amiga (risos) quando estivesse em uma situação melhor. Se ele estivesse vivo, agora, estaria zoando todo mundo. A gente já tinha até a coreografia de carnaval pronta e ensaiada. Na última segunda-feira ele estava dançando até o chão. É desse jeito feliz que ficará para sempre lembrado”, diz.

Fonte: O Dia

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