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II Fórum de Políticas Culturais reúne diversos segmentos da cultura picoense

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Escritores, compositores, xilogravuristas, restauradores, rappers, capoeiristas, dançarinos, músicos e amantes da cultura marcaram presença na manhã deste sábado na Plenária da Câmara Municipal para participar do II Fórum de Políticas Culturais.

O evento em questão teve por intuito o debate sobre o Plano Municipal de Cultura que é o “documento” que rege todos os projetos culturais do município nos próximos dez anos, norteando os gestores sobre como e onde trabalhar a cultura de Picos, assim sobre como investir nesse segmento.

De acordo com o secretário de cultura de Picos, Iata Rodrigues, a formulação do Plano Municipal de Cultura é um marco para a sociedade picoense, em especial para os artistas da terra que estarão amparados em suas necessidades e especialidades.

“Eu venho dizendo que esse Fórum é um marco da cultura picoense. Nos últimos dois anos a gente vem trabalhando e esperando esse dia acontecer. Em 2017, quando tivemos o primeiro fórum, a ideia era chamar pra discussão todos os segmentos da cultura. Como eu disse recentemente, a cultura de Picos não pode ser tratada de maneira uniforme, porque são várias influências, desde a cultura raiz até a cultura nacional. Então, esses segmentos, com a criação de plano, estarão assistidos de maneira efetiva pelo município, independente do gestor da pasta. Isso é um documento valioso que eles terão”, disse Iata.

O secretário afirmou ainda que uma conta CNPJ já foi aberta para receber os recursos que são propícios à destinação dos diversos segmentos culturais do município, pois parte dos impostos que são destinados aos eventos da cidade irão para o fundo e serão administrados pela Secretaria de Cultura e pelo Conselho Municipal.

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“A partir de agora, se um cantor que lançar um CD, nós poderemos ajudar. Se um escritor que lançar um livro, nós também iremos contribuir. Querem fazer um espetáculo de dança ou musical? Vamos ter recursos para isso. Não sei se vai ser integral ou parcial. As condições financeiras e o Conselho Municipal Cultural é quem ditarão isso. Mas, de uma forma ou de outra, iremos contribuir para o desenvolvimento da cultura em nossa cidade”, declarou.

Uma das formas de contribuição civil para o fomento da cultura na cidade é através do IPTU. De acordo com Gracivalda Albano, Supervisora Estadual de Cultura Viva – que é a representação do Ministério da Cultura, a pessoa, quando for pagar o imposto, deve requerer, no ato do pagamento, que o dinheiro seja destinado à Cultura do município.

“Essa é uma forma de sabermos onde nosso dinheiro está sendo investido. Se você paga por pagar, dificilmente você verá, de forma concreta, o uso desse dinheiro. Mas, se você destinar ele para a Cultura, pode ter certeza de que ali você verá seu imposto sendo utilizado, sendo bem investido”, explanou ela.

Gracivalda ressaltou ainda a importância das realizações dos fóruns culturais. “O fórum é basicamente feito por discussões, trocas de ideias e de experiências para que se tenha um fortalecimento da ação cultural, e que seja algo realmente democrático e participativo e não um projeto feito em gabinete e guardado em gaveta”.

O líder do Movimento Hip Hop em Picos, Ted Rap, ressaltou a importância do evento na cidade, mas externou sua tristeza pela mínima quantidade de agentes culturais e ao saber que o Plano não poderia ser votado neste primeiro momento por questões legais.

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“Esse fórum é um espaço importantíssimo para que nós, como agentes culturais, possamos trazer nossas ideias para construção do Plano. Infelizmente, como você pôde ver, há pouco interesse dos artistas da nossa região. Temos a presença de alguns, mas ainda faltam muitos aqui, e isso nos entristece demais, porque você vê aqui que ganhamos espaço para nossas reivindicações, mas nem todos quiseram fazer parte. Outra coisa que infelizmente aconteceu foi o Plano não poder ser votado. Isso porque é necessário que os 50% do poder público que faz parte do Conselho seja de efetivos e não de comissionados. É o que a lei de nível nacional exige. Aqui em Picos a maioria é comissionada. Na Secretaria de Juventude mesmo que é a que eu represento, não tem ninguém efetivo. Mas estamos aí, já no tempo de novas eleições, e agora vamos nos mobilizar para que os cargos sejam ocupados pelas pessoas certas para que, assim, possamos validar nosso Plano”, declarou ele.

De acordo com Gracivalda, os cargos ocupados pelos órgãos públicos, caso não tenham efetivos, devem ceder suas cadeiras para entidades do município, a fim de regularizar os trâmites de legalidade do Conselho e votação e efetivação do Plano Municipal Cultural.

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