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Operação Fraudulenti: funcionário de gráfica repassou prova do concurso da PMPI para um amigo
O secretário de segurança pública do Piauí, Fábio Abreu, informou que o funcionário de uma gráfica terceirizada, que prestava serviços ao Núcleo de Concursos e Promoção de Eventos (Nucepe), foi quem furtou e repassou a prova do concurso da Polícia Militar do Piauí, realizado em 2014, para um amigo, que fez a prova. Ele é um dos policiais militares presos nesta terça-feira (13) na Operação Fraudulenti.
Ao todo, nove pessoas foram presas, sendo oito policiais militares que teriam ingressado por meio de fraude na corporação, e o funcionário suspeito de entregar a prova. Não há confirmação de que as respostas tenham sido entregues mediante pagamento, mas sim por “amizade”.
“Ele disse que passou para um candidato que tinha o sonho de ser policial militar e ele ficou ‘sensibilizado’. Daí então o gabarito foi repassado. Os outros presos são policiais militares, a maioria deles estava lotada em José de Freitas e Simões. Um deles estava no curso de formação da PM do Maranhão e foi preso em São Luis (MA) e será transferido para Teresina ainda hoje”, declarou.
A delegada Tatiana Trigueiros, presidente do inquérito, produzido pela Delegacia de Combate à Corrupção (Deccor), detalhou a situação.
“Eles eram amigos e vizinhos. Ele [funcionário] fala que passou por ‘amizade’ e então o gabarito foi propagado. Ele trabalhava junto com um candidato que iria fazer a prova, foi convocado para fazer a impressão da prova, conseguiu furtar e passar pro amigo. Ele acredita que o amigo foi quem repassou aos outros. Ele decidiu passar porque o amigo era uma pessoa muito humilde, que estava precisando”, explicou.
As investigações duraram cerca de cinco anos, segundo o secretário, pela necessidade de uma apuração aprofundada e com provas suficientes sobre a fraude. Ele destacou que mais pessoas ainda podem ser presas por suspeita de participação no esquema.
“As investigações iniciaram ainda no curso de formação, quando chegou a suspeita da fraude. A Corregedoria da PM requisitou as investigações”, declarou a delegada Tatiana. Agora, a Corregedoria vai analisar a expulsão dos PMs, caso confirme-se que o ingresso aconteceu por meio de fraude.
Alvo de fraude duas vezes
A primeira etapa do mesmo concurso, realizado em dezembro de 2013, já havia sido anulada por fraudes, constatadas por meio da Operação Certame. A prova objetiva foi reaplicada em fevereiro de 2014.
Segundo a Polícia Civil na época, um tenente da Polícia Militar era o mentor do esquema e havia organizado a venda de gabaritos. Ele foi flagrado recebendo o gabarito de uma candidata que, segundo a polícia, havia sido paga para fazer a prova e repassar as respostas.
Fonte: G1 PI
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