Bocaina

Peritos da Marinha visitam barragem de Bocaina para apurar causas do acidente entre lancha e jet ski

Publicado

5 anos atrás

22 de outubro de 2019

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Peritos da Marinha do Brasil por meio da base militar da Capitania dos Portos, em Parnaíba, ao norte do Piauí, estiveram na manhã desta terça-feira (22), na Barragem do Guaribas, em Bocaina, cidade localizada há 27 km de Picos e há 338 km da capital Teresina para registro de perícia no local do acidente aquático, ocorrido na tarde da última sexta-feira (18), envolvendo um jet ski e uma lancha.

O acidente deixou gravemente feridos dois jovens, sendo eles: Alan Bruno Silva Sousa, 22 anos, e, Thallia Bezerra, 21 anos. Os dois estavam em um bote que era rebocado pela moto aquática quando colidiu com a lancha Modelo N250 estacionada na margem do açude.

De acordo com o proprietário da Barraca São Francisco, estabelecimento comercial situado próximo às margens do reservatório, Marildo Feitosa, que prestou os primeiros atendimentos antes da chegada do Serviço Móvel de Urgência – SAMU, os jovens chegaram por volta das 15h30, e logo iniciaram o passeio aquático. Marildo disse ainda que eles não tinham ingerido nenhuma bebida alcoólica.

“Eram umas cinco pessoas sendo três homens e duas mulheres. Eles chegaram por volta de umas 15h30, 15h40 e ficaram na barraca perto da água quando começaram a andar no jet ski. Eu estava aqui dentro do meu estabelecimento trabalhando quando o garçom gritou pedindo que eu chamasse o Samu porque alguém tinha se acidentado e tinha uma menina gravemente ferida. Daí liguei para o Samu e logo desci para o local. Quando cheguei lá tinha o rapaz e a moça estavam desacordados e tentamos prestar os socorros no momento. Ele [o rapaz] estava sem respirar, mas não tinham bebido água. Eles [o rapaz e a moça] colidiram com a lancha que estava parada, estacionada, desligada e coberta”, disse.

“Tentamos reanimar eles enquanto o Samu chegava. Massageamos muito o rapaz que estava sem respirar para que assim não se afogasse no sangue que estava saindo da boca, até que ele voltou a respirar e nisso, estava saindo sangue pelo ouvido também. Daí fui para a moça tentar fazer massagem para reanima-la e vi que a respiração dela estava bem longe, e, foi o momento que o Samu chegou e prestou socorro. Eles estavam com pouco tempo que chegaram e até o momento eles não tinham ingerido bebida alcoólica quando começaram a andar no jet ski”, disse o comerciante.

A Marinha do Brasil, através da Capitania dos Portos do Piauí, instaurou um inquérito administrativo para apurar as causas e os responsáveis pelo acidente envolvendo as duas vítimas que estão ainda em estado grave. Alan Bruno Silva Sousa é natural de Francisco Santos, e Thallia Bezerra, natural de Campo Grande do Piauí, ambos estão com traumatismo craniano. Eles estão em coma natural na UTI do Hospital de Urgência de Teresina (HUT).

A reportagem do Cidades Na Net entrou em contato por telefone com a Capitania dos Portos na manhã desta terça, por volta das 10h12, que divulgou nota à imprensa.

Veja abaixo a nota

“A Marinha do Brasil, por intermédio da Capitania dos Portos do Piauí (CPPI), informa que tomou conhecimento de um acidente, ocorrido em 18 de outubro, na Barragem do município de Bocaina, envolvendo uma Moto Aquática, que puxava um dispositivo de reboque com um bote, onde encontravam-se dois passageiros, de 21 e 22 anos, que em decorrência ficaram gravemente feridos, sofrendo traumatismo craniano. O acidente ocorreu após uma manobra realizada pelo condutor da moto aquática, fazendo com que o bote que estava sendo rebocado viesse a colidir com outra embarcação a qual encontrava-se parada. As vítimas foram conduzidas para o Hospital da cidade de Teresina. Foi instaurado Inquérito Administrativo para apurar as causas e os responsáveis pelo acidente, tendo a CPPI enviado uma equipe de peritos ao local para efetuar as devidas
averiguações. A Marinha do Brasil conclama a sociedade a participar ativamente nesse esforço de fiscalização, informando qualquer situação que possa afetar à segurança da navegação, a salvaguarda da vida humana no mar e vias navegáveis ou que represente risco de poluição ao meio hídrico”.