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PF investiga estudante baiano que copiou trecho de livro na redação do Enem

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A Polícia Federal (PF) realizou na manhã desta sexta-feira (19) uma operação de busca apreensão em Salvador para investigar uma suspeita de fraude ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2017 em Salvador. De acordo com a PF, durante a correção da prova do estudante, foi identificado que a redação dele tinha um trecho copiado na íntegra da sinopse do livro “Redação de Surdos: Uma Jornada em Busca da Avaliação Escrita”, da autora Maria do Carmo Ribeiro, disponível em sites da internet.

A operação aconteceu na residência do estudante em um bairro da capital baiana, que não foi divulgado. A PF informou que a suspeita de fraude foi identificado durante a correção das provas  cujo tema era “Desafios para a Formação Educacional dos Surdos”.

“A partir da comunicação da suspeita à Polícia Federal foi instaurado inquérito policial e solicitada à Justiça Federal a expedição do mandado de busca, cujo objetivo é localizar elementos de prova que levem ao esclarecimento completo da fraude e à identificação de outras pessoas eventualmente envolvidas”, afirmou a PF em nota que apreendeu na casa do estudante a prova e outros itens.

A PF não informou o modo como o estudante teria copiado o trecho do livro. “Foi um plágio detectado pelo Inep , autarquia federal do Ministério da Educação responsável pelo Enem. O participante copiou a íntegra da sinopse de um livro sobre o tema, o qual possui grande divulgação na internet, em sites sobretudo de livrarias. As investigações estão a todo vapor para desvendar o modus operandi da fraude. O plágio é total contém a íntegra da sinopse do livro e não parte dela. Com a busca na residência do participante aprendeu-se o aparelho celular que será periciado e junto com outras medidas de investigação iremos elucidar o caso”, afirmou ao CORREIO  a delegada da PF Suzana Jacobina, que investiga o caso.

Uma vez confirmadas as suspeitas, segundo a PF, o investigado deverá ser indiciado pelo crime de fraude em certame de interesse público, previsto no artigo 311-A do Código Penal, cuja pena é de 1 a 4 anos de reclusão e multa.

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Nesta quinta-feira (19) o ministro da Educação, Mendonça Filho, disse considerar o Enem 2017 como o “mais seguro e mais tranquilo da história”. “Não tivemos nenhuma intercorrência que possa dizer que tenha colocado em risco a segurança do exame”, declarou, ao mencionar novidades desta última edição, como a da realização da prova em dois domingos seguidos.

Rascunho da prova com suspeita de plágio foi apreenido
Foto: Divulgação/PF

Procurado, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pela prova, informou que não vai comentar a situação e ressaltou que não haverá cancelamento do exame.

Redação

Apenas 53 alunos tiraram nota mil na redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2017, de acordo dados divulgaos ontem pelo Ministério da Educação. O número representa uma queda no total, já que no ano anterior foram 77 notas máximas obtidas na prova. Das 4,72 milhões de redações corrigidas, 309.157 tiveram notas zero. A fuga ao tema da prova foi o motivo para zerar a redação. Em 2016, apenas 0,78% dos alunos cometeram este erro. Em 2017, o número subiu para 5,01%.

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Apesar de haver menos “notas mil” em comparação com o Enem do ano anterior, em que 77 alunos tiraram a nota máxima na redação, o rendimento dos estudantes foi melhor. A nota média da redação passou de 541,9 para 558. Maria Inês Fini, presidente do Inep, afirmou ontem que a fuga ao tema aumentou 5% em relação ao ano passado. “Não aumentou tanto”, “é absolutamente normal.”

De acordo com o Inep, 205 candidatos desrespeitaram os direitos humanos no Enem. Uma decisão do Supremo Tribunal Federal garantiu que esse tipo de prova não seria anulada. Na prática, o aluno não zerou a redação, só perdeu pontos.

Ainda segundo o instituto, apenas 6,5% das redações receberam nota zero. Os motivos foram: fuga ao tema (5,01%), prova em branco (0,80%), texto insuficiente (0,33%), parte desconectada (0,17%), não atendimento ao tipo textual (0,11%), cópia do texto motivador (0,09%), outros motivos (0,03%).

Fonte: Correio

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