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Polícia analisa conversa de WhatsApp entre PM suspeito de homicídio e vítima

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A Polícia Civil analisa a conversa entre o policial militar Tertulino Luis de Carvalho, suspeito de homicídio, e Rodrigo Magalhães de Brito, morto na segunda-feira (29), em Piracuruca, Norte do Piauí. De acordo com o delegado Hugo de Alcântara, responsável pelo caso, os dois trocaram mensagens em um grupo de WhatsApp momentos antes do ocorrido.

“Tive acesso à conversa do grupo. Analisei e, pelo o que eu vi, só havia duas mensagens do policial depois que a vítima começou a se alterar com todos, mandando vários áudios, respondendo aqueles que criticaram”, informou Hugo de Alcântara.

O delegado se refere ao vídeo em que um homem, que seria Rodrigo Magalhães, aparece dentro de um carro segurando um revólver para cima. O registro, feito durante a comemoração do resultado das eleições, no domingo (28), foi compartilhado nas redes sociais e gerou críticas.

Homem mostra arma durante comemoração do resultado das eleições

Homem mostra arma durante comemoração do resultado das eleições

Segundo a polícia, Rodrigo teria reagido a essas críticas com ameaças e algumas foram direcionadas ao policial, que teria respondido: “Ohhhhh Valentão dos áudios diga sua localização e vamos resolver agora!”. A vítima enviou um áudio, em que supostamente revelou onde estava e o policial respondeu dizendo que estava chegando ao local.

Questionado pelo delegado sobre porque pediu a localização da vítima, o policial afirmou que queria saber o endereço justamente para informar à polícia para que fosse feita uma abordagem. “Afinal a população estava cobrando uma atitude com relação ao rapaz por conta do vídeo”, afirmou Hugo de Alcântara.

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Vídeo compartilhado nas redes sociais mostra supostamente vítima exibindo arma de fogo — Foto: Reprodução/Whatsapp

Vídeo compartilhado nas redes sociais mostra supostamente vítima exibindo arma de fogo — Foto: Reprodução/Whatsapp

Conforme o delegado, a arma que aparece no vídeo é um simulacro, mas na ocasião que resultou na morte de Rodrigo, ele estava portando uma espingarda calibre 12, da qual não possuía autorização para o porte.

Testemunhas ouviram conversa entre policial e vítima

Testemunhas relataram ter ouvido conversa entre Rodrigo Magalhães e policial — Foto: Reprodução/Facebook

Testemunhas relataram ter ouvido conversa entre Rodrigo Magalhães e policial — Foto: Reprodução/Facebook

Algumas pessoas que presenciaram o encontro entre o PM e Rodrigo já prestaram depoimento à polícia. “As testemunhas oculares relataram que ouviram o policial verbalizando ‘desce, desce, desce, sou polícia, larga a arma, larga a arma, sou polícia’ e algumas ouviram até a vítima falando ‘sou cidadão’, só que com a espingarda apontada para o policial”, contou o delegado Hugo de Alcântara.

Além das testemunhas, a investigação também conta com o relato do policial que estava de plantão durante o ocorrido, com quem Tertulino teria falado para pedir reforço. As munições e as armas encontradas no local foram recolhidas e enviadas para a perícia. O delegado aguarda os laudos para concluir a investigação.

“Até agora toda a parte investigatória está corroborando com o depoimento do policial. Mas ainda vou ver os laudos, ouvir mais testemunhas, solicitar imagens dos locais próximos que têm câmeras de segurança. Mas, por enquanto, o que tem sido apurado é que realmente houve uma abordagem e a pessoa apontou a arma para o policial”, pontou Hugo de Alcântara.

Fonte: G1 Piauí

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