Connect with us

DESTAQUES

Revoltados por não cumprimento de prazo do MPT, manifestantes interditam BR-316 na divisa entre PI e PE

Publicado

em

Na manhã desta terça feira, 03 de setembro, os proprietários de casas de farinhas e seus trabalhadores iniciaram uma manifestação revoltados com o fechamento das fábricas e atearam fogo em pneus interditando a passagem na BR – 316. A interdição teve início às 8h da manhã na divisa entre Piauí e Pernambuco.

O motivo da manifestação por parte dos trabalhadores é que o Ministério Público do Trabalho (MPT), promoveu uma ação fiscalizatória nas casas de farinha no Piauí e no interior de Pernambuco, descumprindo o prazo dado para regularização dos funcionários alegando que há riscos de acidentes de trabalho nas unidades, como choque elétrico, cortes, queimaduras, amputações em máquinas entre outros.

Além do não cumprimento do prazo, a regularização é inviável devido a produção de farinha na região ser temporária.

José Emiliano da Silva, conhecido como Biano é um dos donos de fábricas e também está a frente das negociações. Ele fala que reconhece que tem que ser melhorada as instalações nas casas, mas as carteiras de trabalhos não tem condições de ser assinadas.

“Nós estamos aqui hoje porque há trinta ou quarenta dias eles vieram aqui e pediram para fazermos uma nova instalação nas fábricas. Eu mudei e os outros também vão mudar porque é preciso para gerar segurança. Hoje chegou o Ministério do Trabalho lacrando as fábricas. A juíza esteve aqui, marcou para irmos a uma reunião na Câmara dos Vereadores e, no entanto, ela foi embora. Na minha fábrica são dezoito pessoas e não há possibilidades de fichar as carteiras, pois a cada semana eles trabalham em outras fábricas e não tem condições porque a produção de farinha ocorre uma semana e na próxima já não tem mais porque é temporária. Um saco de farinha hoje custa em torno de quarenta reais e a tonelada de mandioca é cento e trinta reais. A cada hora vai se agravando mais”, relatou.

Publicidade

A dona de uma das fabricas, Edmara, acrescenta que o motivo das manifestações se dá pelo não cumprimento do prazo estabelecido.

“Sou proprietária de uma das casas de farinha do lado da rodovia do Piauí onde fizemos um protesto há menos de quinze dias só que agora começamos do lado do Pernambuco. Eles tinham feito um acordo com a gente e tínhamos um prazo de noventa dias para regularizarmos as casas e confirmaram que poderíamos regularizar trabalhando, mas em menos de quinze dias eles voltaram e fecharam três fábricas de uma vez, ou seja, não cumpriram com as palavras deles”, disse.

As manifestações vêm se tornando contínuas e o dono de uma das fábricas, Valmir de Juraci, fala sobre os pontos negativos para toda região com esse fechamento.

“Com o fechamento das Casas de Farinhas a situação se agrava não apenas o nosso município como toda a região do Araripe que envolve Marcolândia, Araripina, Salitre, Caldeirão Grande. Nossa principal renda é a mandioca”, lamentou.

Thiago Juscelino, dono de Casa de Farinha não teve sua fabrica fechada, mas explicou o motivo de fazer parte da manifestação.

“A minha casa não foi afetada, mas estou aqui porque senti a dor dos meus amigos proprietários de fábricas que foram afetados. Não é certo chegarem aqui e fecharem as fábricas com todas as matérias primas lá dentro e não deixar terminar a farinhada. Veio uma fiscalização não está nem com quinze dias.  Só completa quinze dias na sexta-feira e nos deram um prazo para trabalharmos noventa dias. Não cumpriram o prazo e já chegou outra. O povo marcolandense não está aqui para brigar ou fazer baderna. Só queremos trabalhar”, disse.

Publicidade

Durante as manifestações estiveram presentes Polícia Rodoviária Federal (PRF), a Policia Militar do Pernambuco, proprietários, funcionários de fábricas e a população em geral.


Matéria Relacionada: – Em Marcolândia, manifestantes liberam rodovia e ameaçam novo bloqueio para amanhã (22)


Mais fotos:

       

Publicidade

Facebook

MAIS ACESSADAS