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UESPI: 59 cursos estão irregulares e podem ser encerrados

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A pedido do Promotor de Justiça Fernando Santos, representantes da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) e do Ministério Público do Estado do Piauí (MP/PI) se reuniram na Procuradoria Geral de Justiça (PGJ) para debater a situação dos cursos da Instituição.

A instituição, fundada a cerca de 30 anos, possui hoje 139 cursos em 12 campi do Piauí. Desse total de cursos, 59 estão com problemas de contratação de professores efetivos. Para o seu devido funcionamento, há a obrigatoriedade de, pelo menos, cinco professores efetivos para que o curso seja considerado regular.

Segundo a reitora em exercício, Bárbara Melo, a instituição está cumprindo pré-requisitos do Governo para então poder montar uma comissão para montar um edital de contratação de pelo menos 150 professores. “Estamos concluindo a primeira parte desses requisitos com oficinas que estamos realizando em todos os campi. Ao final, deveremos estudar melhor junto com o Governo, a elaboração desse edital, porém ainda sem data prevista”, contou.

Sobre a infraestrutura física da UESPI, a reitora em exercício disse que a instituição teve quase todos os seus campi estruturados no improviso, com exceção dos de Picos, que teve um prédio construído para receber a Universidade, e o de Oeiras, que está com contrato fechado para a construção do imóvel. “Em termo de infraestrutura, somos precários. Temos disponíveis R$ 25 milhões para investir e parte dele já está sendo aplicado”, explicou.

Cursos denegados

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Dos 139 cursos ofertados pela UESPI, 59 cursos não estão atendendo requisito de mínimo de professores efetivos. Para a presidente da Associação de Docentes da UESPI (ADCESP) e professora, Lina Santana, a situação é preocupante. “A UESPI está longe do mínimo necessário nesse requisito. Tenho questionado o Governo em insistir em ofertar vagas para cursos irregulares. Ofertaram da última vez 1.699 novas vagas e nós questionamos, falando inclusive da questão da quantidade de professores e estrutura física, e ainda sim foi ofertado. Como vão fazer esse ano?”, questionou.

A reitora em exercício Bárbara Lemos disse entender até a confusão dos alunos da instituição sobre esse ponto. “Muitos tem medo de não receber o diploma”, disse. Ela explicou que esses cursos não devem ofertar vagas até que estejam regulares. “Ainda vamos discutir melhor internamente essa questão. Mas não devemos ofertar vagas para esses cursos. Quanto aos alunos que já estão cursando, muitos, por conta de informações desencontradas, acham que perderão o curso ou serão transferidos para outro campi onde ele é regular. Mas não é isso que irá acontecer. Assim como a UESPI garantiu o ingresso do aluno, iremos também garantir a sua diplomação. Mesmo nos cursos denegados”, explicou.

Terceirizados x efetivos

De acordo com o promotor Fernando Santos, atualmente a UESPI gasta mais com os funcionários terceirizados do que com os efetivos. “Os terceirizados custam mais do que os efetivos. Na UESPI, é melhor para o Estado pagar terceirizados. Fora que muitos têm desvio de função”, apontou.

Foi levantado, durante a reunião, pelo membro do MP/PI Marcos Vasconcelos, como o Governo iria cumprir essa promessa de novas contratações se o Estado do Piauí sofre com o entrave de estar no limite prudencial de gastos com o pessoal. Nenhum representante do Governo do Estado compareceu a reunião para apresentar respostas às questões.

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Um novo encontro para novos direcionamentos sobre os rumos da UESPI deverá ser marcada para a próxima semana.

45 Graus

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