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Ameaça de fechamento de parque deixa setor turístico do Piauí na incerteza

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O fechamento do Parque Nacional da Serra da Capivara não representa perigo apenas para o patrimônio histórico e ambiental da reserva que tem mais de 130 mil hectares. Hotéis, guias turísticos e comércio enfrentam uma onda de incerteza causada pelo futuro indefinido da unidade. Turistas têm ficado relutantes em honrar reservas e agendamento de visitas guiadas.

“Ainda não houve nenhum cancelamento de reserva já feita, até porque essa crise aguda tem pouco tempo. Entretanto, os turistas têm ligado muito e perguntado se ainda é seguro visitar a o parque, se eles conseguirão ter acesso aos sítios. Nosso trabalho no momento é tentar tranquilizar nossos

Protesto ocorreu no Centro de São Raimundo Nonato (Foto: Pedro Santiago/G1)Protesto ocorreu no Centro de São Raimundo
Nonato (Foto: Pedro Santiago/G1)

clientes”, disse Douglas Negreiros Filho, administrador de um hotel e um restaurante no Centro de São Raimundo Nonato. O empresário disse ainda que 50% de sua clientela é de visitantes do parque.

O Parque Nacional da Serra da Capivara conta com mais de 1.200 sítios arqueológicos e uma ampla infraestrutura de visitação. São centenas de quilômetros de trilhas e estradas bem sinalizadas para dezenas de sítios equipados para o recebimento de turistas. A unidade de conservação é o principal motor de desenvolvimento da região.

Centenas de pessoas estão empregadas direta ou indiretamente devido a atividade na serra. Apesar de pequena, São Raimundo Nonato, cidade base para conhecer o parque, conta com universidade que realiza as pesquisas nos fósseis, um museu multimídia de alta tecnologia e até um aeroporto internacional para facilitar a chegada dos turistas.

“Estamos sofrendo por conta da incerteza. São 70 os guias licenciados junto o ICMBIO para fazer visitas guiadas ao parque. Muitos têm outras atividades econômicas porque temem que os turistas parem de vir para cá. A serra não pode fechar, ou então a cidade acaba junto”, disse Eliete Sousa, que vive exclusivamente do turismo.

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Quem também se queixa da crise no parque são os mototaxistas Roniglesias dos Santos e Railson Brandão. “Todos na cidade dependem do parque. As corridas diminuíram bastante nos últimos três meses e isso se deve a situação da serra”, disse Roni. “Espero que resolvam logo esse do problema do dinheiro, porque está cada vez mais difícil”, completou Brandão.

G1

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