BR-316 segue interditada; protesto contra fechamento de fábricas de farinha já dura 14h!

A reportagem do Portal Cidades Na Net esteve novamente na noite desta terça-feira, 03, no trecho da BR-316 que segue interditada.

No local, na divisa entre os Estados do Piauí e Pernambuco, cerca de 1000 manifestantes, entre proprietários e trabalhadores fazem uma manifestação revoltados com o fechamento de fábricas de farinhas. Eles estão no local há mais de 14 horas.

A rodovia foi fechada por volta de 8h de terça (03), o grupo alega que o motivo da manifestação é que o Ministério Público do Trabalho (MPT) promoveu uma ação fiscalizatória nas fábricas de farinha no Piauí e no interior de Pernambuco, descumprindo o prazo dado para regularização dos funcionários alegando que há riscos de acidentes de trabalho nas unidades, como choque elétrico, cortes, queimaduras, amputações em máquinas entre outros. Além do não cumprimento do prazo, eles alegam ainda que a regularização é inviável devido à produção de farinha na região ser temporária.

Ônibus, carretas, caminhões e muitos carros de passeio foram impedidos de continuar a viagem, provocando um congestionamento quilométrico de veículos nos dois sentidos da rodovia.

Apenas ambulâncias, veículos com crianças e idosos estão sendo liberados.  Os motociclistas também estão conseguindo furar o bloqueio feito pelos manifestantes.

_O clima é tenso no local:

O clima no local é tenso. Os manifestantes informaram a nossa redação que a Policia Rodoviária Federal-PRF, tentou pressionar os manifestantes pela liberação da BR e chegaram a ameaçar acionar a tropa de choque da PM.

De acordo com o proprietário de uma fábrica de farinha, Leonardo Alves de Sousa, não tem previsão de quando o grupo fará a liberação da estrada. “Nós só vamos liberar após o MPT reabrir as fábricas de farinhas fechadas. A renda de Marcolândia é proveniente da mandioca e estamos todos sofrendo com esses fechamentos de fábricas. Todo dia é prisão, é humilhação e assim não dar. Não temos horas para liberar”, disse.

O caminhoneiro Luís que viaja de Mossoró – RN e está impedido no bloqueio disse que mesmo com a rodovia interditada ele aprova a manifestação. “Eles são trabalhadores que querem ganhar o pão de cada dia. Não era preciso tanta fiscalização e embate. Eu tô com eles”, pontuou.

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