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Com reforma da Previdência, governo estima 8 milhões de empregos a mais em quatro anos

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Com a aprovação da reforma da Previdência Social, cuja proposta foi encaminhada nesta semana pela equipe econômica do governo ao Legislativo, o Brasil deverá ter oito milhões de empregos a mais em quatro anos, entre 2020 e 2023. A estimativa consta em estudo da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia, divulgado nesta sexta-feira (22).

Segundo o secretário de Política Econômica, Adolfo Sachsida, sem a reforma, o rombo previdenciário, que somou R$ 290,2 bilhões em 2018 e bateu recorde, continuará avançando e gerando déficits nas contas públicas.

“Estamos sempre comparando em relação ao cenário sem reforma. Sem reforma, vai estar perdendo empregos. No fundo, você olha a diferença daqui a 5 anos com reforma e sem reforma”, explicou o secretário em entrevista ao G1.

Sachsida afirma, ainda, que na ausência de mudanças das regras previdenciárias, o estrago seria “muito grande”. No ano passado, as contas do governo apresentaram o quinto ano de resultado negativo – com um rombo de R$ 120 bilhões.

Com a aprovação da reforma, a previsão do governo é de que as contas públicas voltem ao azul (superávits primários, ou seja, sem contar as despesas com juros) em 2022. Sem a reforma, as contas continuaram deficitárias, com o rombo atingindo 1,1% do PIB em 2022.

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“Como vai ser financiado [o déficit]? Com mais e mais dívida pública. Quanto maior for a dívida pública, as taxas de juros começam a subir também. [A economia] entra em um circulo vicioso. Aumenta a dívida publica, aumentam os juros, o investimento cai, o consumo, o PIB cai, o emprego cai. Temos uma situação muito delicada se não aprovarmos a reforma previdenciária”, disse Sachsida.

Nas projeções da Secretaria de Política Econômica, o Brasil entraria novamente em recessão no fim do ano que vem sem a aprovação da reforma da Previdência. A recessão, que foi registrada na economia brasileira em 2015 e 2016, se caracteriza por dois trimestres consecutivos de queda do Produto Interno Bruto (PIB).

“Se não aprovarmos a reforma da Previdência, rapidamente a dívida pública vai dar um pulo e vamos ter de aumentar os juros também. Esse aumento de juros, o efeito dele sobre o PIB é muito rápido. E já no segundo semestre de 2020, nós vamos voltar a um cenário recessivo. Sem a reforma da previdência, vamos ter problema daqui a um ano já”, declarou o secretário.

A previsão do Ministério da Economia é de que, sem mudanças nas regras previdenciárias, a taxa básica de juros da economia fixada pelo Banco Central, atualmente em 6,5% ao ano, avançaria para 11,4% ao ano até o fim deste ano – atingindo 13,4% ao ano em 2020, 15,1% em 2021 e chegando a até 18,5% ao ano em 2023. “Na hora em que você não aprova [a reforma], [o juro] sobe rápido”, disse Sachsida.

O governo também estimou que a aprovação da reforma também teria um impacto sobre a renda do trabalhador brasileiro. A expectativa é de que, na ausência de mudanças, cada brasileiro teria, em 2023, uma perda em sua renda anual de R$ 5,8 mil em relação ao cenário com reforma.

De acordo com o secretário, essa é a divisão dos recursos que estariam a mais na economia, divididos pelo número de habitantes. É o impacto no chamado “PIB per capita”. “A reforma favorece os mais pobres. É mais dinheiro para as famílias mais pobres”, acrescentou.

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Fonte: G1


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