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Concursados acampam em frente ao Karnak exigindo nomeações no Piauí

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Dezenas de concursados da Polícia Civil que aguardam nomeação pelo governo do estado acamparam na manhã desta quarta-feira (23) em frente do Palácio de Karnak. Todos foram aprovados no concurso realizado em 2012 e já se submeteram à todas as etapas necessárias para a posse nos cargos.

Ao todo são 118 agentes, 38 escrivães e 49 delegados que aguardam nomeação. Durante o protesto, os concursados cantaram o Hino Nacional Brasileiro em frente ao portão principal do palácio. O ato contou com a participação do Sindicato dos Delegados de Polícia Civil do Piauí (Sindepol).

Sindicato denuncia falta de estrutura nas cidades do interior (Foto: Gustavo Almeida/G1)

De acordo com a delegada Andréa Magalhães, presidente do sindicato, o protesto é uma forma de mostrar a necessidade da nomeação urgente dos delegados, agentes, escrivães e todos os concursados. Ela sustenta que a segurança pública do Piauí está defasada e que a insatisfação é geral em toda a Polícia Civil.

“Hoje nós temos 1/3 do efetivo que deveríamos ter há 10 anos, temos 57 comarcas funcionando em regime de cumulativo, 49 delegados aprovados aguardando convocação, diárias atrasadas desde junho e um tratamento diferenciado entre as polícias Civil e Militar”, falou a delegada.

Andréa Magalhães acusou o governo do estado de delegar funções que seriam da Polícia Civil para a Polícia Militar e disse que se a situação persistir será organizada uma grande marcha em prol da Polícia Civil do Piauí. Segundo ela, o governo não tem ouvido as reivindicações da categoria.

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“É preciso deixar claro que a Polícia Civil do Piauí está sendo morta por asfixia. Não duvide que nós podemos entrar em colapso devido a essa política que estão tentando instituir dentro da Secretaria de Segurança, que está tomada por militares. Até diárias da Polícia Civil estariam indo para a Polícia Militar”, desabafou a delegada.

Agentes foram aprovados ainda em 2012 e aguardam nomeação (Foto: Gustavo Almeida/G1)

O Sindicato ainda sustenta que delegados são constrangidos durante reuniões na Secretaria de Segurança. Atualmente, o estado conta com apenas 35 delegados nas cidades do interior.

“Na última reunião tivemos um delegado que passou mal depois de ser hostilizado e constrangido. Querem empurrar para o delegado a falta de estrutura da segurança pública e aqueles que opinam contra essa situação são rechaçados. Nós não temos sentido nenhuma sensibilidade do secretário de segurança”, disparou.

Por meio de sua assessoria de impresa a Secretaria Estadual de Segurança informou que não irá se posicionar sobre as declarações do Sindicato dos Delegados da Polícia Civil.

Em declarações à imprensa nessa semana, o governador Wellington Dias (PT) descartou a possibilidade de convocar concursados este ano alegando a crise econômica no país. Segundo o secretário de administração Franzé Silva, o estado não tem condições de aumentar os seus gastos com pessoal, tanto pelo lado legal, respeitando seu limite de gastos dentro da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), quanto pela questão financeira.

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“O Piauí, a exemplo de outros estados, está trabalhando de forma planejada no sentido de não cometer desequilibrios. O Piauí não está na rota dos estados que estão anunciando atraso no pagamento dos servidores. Estamos fazendo um plano de contenção de gastos e aumento de receita para daí ter tranquilidade para convocar os concursados e dar tranquilidade para os servidores no geral”, falou.

Impacto na segurança pública
O impacto dessa medida será maior na área da segurança pública onde havia a previsão de contratação de concursados para reforçar as polícias. Seriam 400 policiais militares que estão prestes a concluir o curso de formação; 209 policiais civis e 110 bombeiros. Todos aguardam desde o início do ano pelas nomeações.

 

Fonte: G1

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