“O caso aconteceu em agosto. A vítima não conseguia recuperar as contas porque o email de recuperação também foi invadido. Representamos e a Justiça devolveu as contas em uma decisão inédita no país. O hacker fez isso com o objetivo de mostrar poder, que conseguia invadir. É o que chamamos de vandalismo virtual”, disse Zanatta.
Print do perfil do político hackeado (imagem acima) mostra a imagem de uma mulher, nome e a descrição “lifestyle| fashion| blogger|”. Em outro print, o hacker deixa a assinatura. De acordo com o GPE há indícios que o hacker seja da Turquia.
Foto: Divulgação GPE/ PCPI
“No caso dessa vítima específica, o hacker assinou a rede social da vítima. Colocaram o nome deles. É uma espécie de vandalismo virtual para mostrar que foram capazes de invadir aquela rede social. É como se fosse um pichador que faz questão de deixar sua assinatura”, disse Zanatta.
Ele acrescenta que a decisão é inédita no país e foi proferida pelo Luís Henrique Moreira Rego, da Central de Inquéritos da Comarca de Teresina.
Foto: Graciane Sousa/ Cidadeverde.com
Delegado Matheus Zanatta
Foram expedidos três mandados judiciais distintos: um para o sítio Facebook, outro para o Instagram e um terceiro para a empresa microsoft, responsável pelos e-mail de recuperação dessas redes sociais citadas.
“Nós instauramos inquérito após uma vítima procurar a gerência e narrar que teve suas contas do Instagram, Facebook e os e-mails de recuperação das aplicações de internet hackeados. A partir de então, pode-se pleitear que as contas da pessoa fossem reestabelecidas, nesses dispositivos, e o acesso devolvido ao titular. Com a decisão judicial foi feita a recuperação da conta de usuário de cada uma delas, acompanhada do e-mail vinculado”, explica o delegado.
A ação de recuperação teve apoio da Secretaria de Operações Integradas através do Laboratório de Operações Cibernéticas (Coordenação Geral de Combate ao Crime Organizado/Diretoria de Operações) do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
“Nos últimos meses houve um aumento considerável do hackeamento de contas de usuários do Instagram e das contas de email vinculadas ao serviço. Dentre os mais diversos propósitos, os criminosos utilizam essas contas hackeadas para promover sites adultos e atrair vítimas com spam pornográfico”, alerta Zanatta acrescentando que os usuários não devem clicar em links desconhecidos.
“A orientação é não clicar em link desconhecido que chegue por email ou mensagem, fazer a verificação em duas etapas, trocar a senha com frequência, usar senhas difíceis e diferentes pro Instagram, Facebook e email e não acessar links que vêm pelo aplicativo para entrar em outro aplicativo” , orienta Matheus Zanatta.
Fonte: Cidadeverde.com