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Defesa admite que policial que atirou em Saulo Dugado pode ser preso

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O advogado do policial militar Wanderley Rodrigues da Silva, que atirou contra o cantor Saulo Dugado em confusão em uma padaria em Teresina na última quinta-feira (17/05), admitiu nesta segunda-feira (21/05) que existe a possibilidade do policial ser preso a qualquer momento em virtude de quebra de medida cautelar que determinava que ele não deveria andar armado.

“Existia sim a cautelar que ele não poderia andar armado. Mas ele é um homem da força tática, e você sabe, lá no 5º BPM ele era um dos caras que mais prendiam gente. Então ele não poderia, mesmo correndo esse risco, ele tinha a necessidade de andar protegido. E outra coisa, você pode ver que ele estava lá defendendo a sociedade. Veja que ele agiu em defesa da sociedade, ele poderia apenas sair de lá e não fazer nada, e aí ele ia cometer o crime de prevaricação. Ele tava no dever dele de agir a favor da sociedade”, disse ao OitoMeia Pitágoras Veloso, advogado do policial.

O policial foi ouvido nesta segunda-feira (21/05) no 5º DP, que investiga o caso. Saulo Dugado ainda deve ser ouvido, mas a data não está marcada. O cantor ainda está em recuperação dos ferimentos em virtude do disparo que levou. Pelas falas de testemunhas, o artista teria destratado funcionários e clientes, quando Wanderley interveio no sentido de contê-lo, culminando em agressões verbais e físicas.

“Faltam laudos periciais da vítima. Como ele [Saulo Dugado] teve alta do hospital e foi liberado para ir para casa, ele está impossibilitado, por enquanto, de caminhar. Mas nós temos 30 dias para ouvir o cidadão. O policial vai ser ouvido na quarta-feira”, explicou o delegado do caso Francisco Rodrigues ao OitoMeia.

O Ministério Público pediu na sexta-feira (18/05) a prisão preventiva de Wanderley pela quebra da medida cautelar. Ele não poderia andar armado porque estava sob medida cautelar, com um alvará de soltura expedido com a condição de que não andasse armado. Wanderley é investigado como suspeito do furto de R$ 300 mil de um montante de R$ 700 mil roubados do Banco do Nordeste, em Teresina, fato ocorrido em dezembro de 2017. Lotado no 5º Batalhão da Polícia Militar, abrangendo a zona Leste da capital, ele e Erasmo de Morais Furtado foram presos preventivamente em decorrência dessas acusações, de natureza criminal, ainda em auditoria na PM.

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Liberdade do PM Wanderley Rodrigues foi decretada sob a condição de não andar armado, até o final do processo (Foto: Reprodução WhatsApp OitoMeia)

O advogado admitiu a possibilidade de Wanderley ser preso a qualquer momento. “Vai ser porque quebrou a cautelar e os juízes daqui é isso, infelizmente é isso. O Ministério Público pediu a prisão preventiva dele. A qualquer momento [ele pode ser preso]. Infelizmente, ele mesmo defendendo a sociedade, correndo risco para isso. É todo mundo que faz isso? Mesmo ele sabendo que tinha a cautelar de não poder andar armado mas ele foi, estava ali para defender a sociedade, ele botou o corpo e a alma em risco. Por ele ter assumido a defesa da sociedade, ele paga o preço da liberdade”, argumenta o advogado.

Fonte: Oito Meia | Édrian Santos e Roberto Araujo

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