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Deputado afirma que promotores agem como ‘semideuses’

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Os deputados estaduais – pelo menos parte deles – fizeram duras críticas à atuação do Ministério Público Estadual em cidades do interior do Piauí, durante este período de pré-campanha. A discussão foi puxada por Robert Rios (PDT), afirmando que alguns promotores estariam passando dos limites de suas responsabilidades. No meio do debate, Rubem Martins (PSB) chegou a afirmar que alguns profissionais do Ministério Público estão agindo como “semideuses”.

A questão foi parar na tribuna quando Robert mencionou o exemplo de uma cidade do Piauí – a qual ele não especificou – onde membros do Ministério Público estariam impedido a entrada de familiares e amigos de candidatos na convenção de um grupo político.

— Parece que quando começa a campanha, começa a humilhação. Membros do Ministério Público que tratam candidatos como se marginal fosse. O que é uma convenção? É a festa da democracia, com partidos reunidos com seus coligados. Não é comício, é a largada da campanha. Tem cidade do Piauí que o Ministério Público disse que só pode entrar se for candidato e convencional. Que absurdo — enfatizou na tribuna da Alepi na manhã desta terça-feira (02/08).

“Ministério público não é bicho papão”
Para Robert, a situação não estaria sendo levada a conhecimento do Procurador-Geral de Justiça do Estado, Cleandro Moura, e tomou a situação como ato que fere o processo democrático da eleição.

— Toda convenção é pública. Como um promotor impede que o povo adentre a uma convenção. MP não é dono de convenção, nem pode tomar decisão como se fosse juiz. Ministério Público não dá ordem em lugar nenhum, não é juiz de nada, candidato nenhum precisa ter medo do Ministério Público, não é um bicho papão — seguiu, afirmando que os promotores estão “estuprando” a democracia.

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Fotos: Divulgação/Alepirobert321470152171.jpg

“Eleição será o fundo do poço”
Durante o discurso do deputado, outros três parlamentares pediram aparte, e defenderam a posição de Robert. Foi quando Luciano Nunes (PSDB) defendeu que o povo é dono da festa nas eleições, e que é necessário estimular ainda mais a participação popular no processo, para que se torne ainda mais transparente e legítimo, mas lamentou que as recentes mudanças na legislação eleitoral estejam afastando ainda mais a população.

— Esta eleição vai ser o fundo do poço para a classe política, extremamente criminalizada — afirmou o tucano.

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“Coisas que nem Deus faria”
Rubem Martins também lamentou o que ele chamou de “tratamento diferenciado” de promotores em cidades diferentes, mesmo integrando a mesma comarca, o que estaria deixando candidatos amedrontados.

— Em uma cidade pode isso, e na outra, a quinze quilômetros de distância, é proibido, e ainda tem a humilhação. Temos de convidar o procurador geral para vir aqui. Até porque tem promotor que se julga ‘semideus’, fazendo coisas que nem Deus teria coragem de fazer — afirmou Rubem.

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Requerimento ao TRE-PI
Quem chegou a pontuar um caso específico foi o deputado João Mádison (PMDB). Segundo ele, numa convenção que participou em sua cidade, Corrente, uma promotora estava na porta do local onde ocorria o ato político, proibindo a entrada de qualquer pessoa que não fosse filiada. Ele afirmou que vai enviar um requerimento pedindo informações ao Tribunal Eleitoral do Piauí sobre qualquer resolução que proíba a entrada de não filiados em convenções partidárias.

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Outro lado
O 180 entrou em contato com a Procuradoria Geral de Justiça e aguarda posicionamento sobre as manifestações dos deputados.

180Graus

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