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Empresários e até mortos são recebiam Bolsa Família no Piauí

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O Ministério Público Federal (MPF) identificou cerca de vinte e nove mil beneficiários do programa Bolsa Família suspeitos de não cumprir os requisitos econômicos estabelecidos pelo governo federal, para receber os recursos, no Piauí. O diagnóstico foi divulgado nesta sexta-feira, 11 de novembro.

Segundo o Raio-X Bolsa Família, projeto de iniciativa do MPF, de 2013 a maio de 2016, foram identificados 28.857 perfis suspeitos (4,46%), que receberam R$ 118.945.292 (cento e dezoito milhões, novecentos e quarenta e cinco mil, duzentos e noventa e dois reais), em praticamente todos os municípios do Estado.

Os casos suspeitos foram identificados por meio de ferramenta de inteligência desenvolvida pelo Ministério Público Federal a partir do cruzamento de dados públicos fornecidos pelo próprio Governo Federal, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pela Receita Federal e pelos Tribunais de Contas estaduais e municipais.

O diagnóstico apontou grupos de beneficiários com indicativos de renda incompatíveis com o perfil de pobreza ou extrema pobreza exigido pelas normas do programa. Os perfis suspeitos foram classificados em cinco grupos: falecidos; servidores públicos com clã familiar de até quatro pessoas; empresários; doadores de campanha; e servidores doadores de campanha (independentemente do número de membros da família).

A ferramenta criada pelo MPF também permitiu a classificação de todos os municípios brasileiros segundo o percentual de recursos destinados a perfis suspeitos em relação ao total recebido pela cidade. O estudo listou as vinte cidades do Piauí com maiores percentuais de beneficiários suspeitos (foto).

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O projeto do MPF analisou todos os valores pagos pelo Bolsa Família no Brasil, no período de 2013 a maio de 2016. Nesse ciclo, o programa pagou aos 21,4 milhões de beneficiários R$ 86,1 bilhões. Desse total de beneficiários, 874.115 foram considerados suspeitos.

Fonte: MPF

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