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Família do acusado de matar criança está sofrendo, diz advogada Marilene Vera

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A advogada de defesa de Martim Borges da Silva, 39, falou com exclusividade ao Sistema de Comunicação de Picos sobre o caso do menino Isaac José Luz de Sousa, 8 anos, morto no último dia 3 de março com um tiro de espingarda disparado por seu cliente. Numa entrevista ao vivo para o SCP Notícias 2ª Edição, Marilene Vera Bispo reafirmou que a morte do garoto foi um trágico acidente e ainda comentou a violência sofrida por Martim Borges, sua esposa e ela própria na última quarta-feira, 22, durante a reconstituição do crime.

Marilene Bispo argumentou que a família de Martim entende a dor da família do garoto, mas defendeu que seu cliente é inocente e está colaborando com a investigação de forma espontânea. “Ele participou da reconstituição de forma espontânea, por ter consciência de que é inocente, totalmente inocente, de que [a morte de Isaac] foi uma tragédia, uma fatalidade”, argumentou a advogada.

Martim chega para participar da reconstituição

As supostas contradições citadas pelo delegado Antonio Madson e pelo advogado de acusação Maycon Luz também foram rebatidas. “O meu cliente em momento algum entrou em contradição. Os autos do inquérito são muito claros: a mesma versão que ele deu na delegacia, ele fez na reconstituição. Não tirou um único detalhe – até a largura da abertura da porta, até o fato de ele estar atrás da porta, até o fato de ele não conseguir ver quem estava do outro lado da rua”, relata.

OUÇA A ENTREVISTA DE MARILENE BISPO

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A advogada explicou que, a partir da reconstituição, já foi possível determinar que o disparo não ocorreu de um revólver, como foi cogitado durante a investigação. O projétil utilizado, no entanto, pertence a um calibre 38.

MOMENTOS DE TENSÃO

A advogada comentou os momentos de tensão vividos ao final da reconstituição realizada na última quarta-feira, quando populares e familiares tentaram agredir Martim Borges e sua esposa. Ela explica que a família de Martim está sofrendo, mas entende o sofrimento e a dor da família do menino Isaac. “A situação era esperada porque nós estamos falando da vida de uma criança, entretanto todos têm o direito de defesa, e eu estava desempenhando meu trabalho. E a família do seu Martim não tem culpa dessa tragédia, inclusive o seu Martim nunca teve a intenção de fazer mal à criança Isaac ou a qualquer pessoa da família dele”, defende.


Dra. Marilene Vera Bispo chega para acompanhar reconstituição

A VERSÃO DA DEFESA

Marilene explicou como teria ocorrido o crime, segundo a versão de Martim Borges. Ela conta que o acusado comprou a espingarda no centro de Picos e o rapaz que a revendeu informou que a espingarda “calçava” munições calibre 38. Ao voltar para casa, a esposa o teria interrogado se a arma realmente poderia ser municiada com projéteis desse calibre.

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Sobre o momento do disparo, Marilene conta que Martim “não atirou, não mirou, não sabia quem estava do outro lado da porta. Ao fechar a espingarda, ao travar a espingarda com a munição dentro, o disparo ocorreu”.

Martim também alega, de acordo com ela, que jamais houve qualquer problema entre as duas famílias e que Isaac era amigo e brincava com seus filhos.

“Não há um processo, não há conclusão. Não podemos esperar três, quatro ou cinco meses por um laudo para dizer se o tiro foi acidental ou não. Meu cliente se apresentou espontaneamente, tem residência fixa, profissão. O meu cliente em momento nenhum deixou de colaborar com a Justiça”, pontua Marilene.

 

Fonte: Grande Picos

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