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Fraudes contra idosos já fizeram 661 vítimas na Capital piauiense em 2017

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Delegacia de Segurança e Proteção ao Idoso já registrou, de 1º de janeiro até ontem (13), 661 boletins de ocorrência referentes a fraudes contra pessoas da terceira idade. O número é referente a crimes financeiros, entre os principais estão: estelionato, furto na modalidade troca de cartão na fila do autoatendimento e ligações falsas.

De acordo com a delegada Daniela Barros, titular da Especializada, o registro mais feito na delegacia é o de furto na fila do banco, quando o idoso vai sacar a aposentadoria e, ao ter dúvidas sobre o saque, acaba pedindo a ajuda de terceiros. É neste momento que pessoas mal-intencionadas, posicionadas em locais estratégicos da agência, vão para oferecer ajuda e enganar a pessoa, subtraindo o valor que ele tem na conta.

Daniela também explica que acontecem as ligações falsas, quando o idoso é questionado de algum crédito para receber e acaba fazendo um pagamento para um criminoso.

A delegada conta que as investigações dos casos envolvendo fraudes são difíceis, uma vez que apenas as imagens de câmeras de segurança não são suficientes para identificar fraudador; além daqueles crimes cometidos por pessoas de outros estados, como as ligações falsas.


Francisco Teixeira já teve sua conta zerada duas vezes por fraudadores (Foto: Moura Alves/O Dia)

INSS

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Outro golpe comum se refere aos empréstimos consignados. Segundo o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), este ano, até o dia 6 de novembro, já foram feitos 531 cancelamentos de empréstimos consignados, quando o idoso é vítima de uma fraude que muitas vezes pode ocorrer dentro da família. Além disso, essas fraudes são mais comuns em bancos alternativos, não em instituições bancárias oficiais.

“Às vezes, a própria família que faz, depende muito. Como muitos idosos não sabem ler e escrever, é só a digital, aí uma pessoa faz o empréstimo consignado no nome do idoso e, quando ele dá conta de que está descontando do seu benefício, ele vem reclamar e a gente cancela”, explica William do Amaral, chefe do Serviço de Benefício em Teresina, acrescentando que, se ocorrer o caso, é preciso procurar a Delegacia do Idoso, que já tem um servidor do INSS para rea lizar o cancelamento.

 Prevenção

Para a delegada Daniela Barros, o trabalho com os idosos tem que ser de prevenção, para que eles iquem mais atentos e mais céticos no sentido de não acreditarem em qualquer informação que lhes é dada. Se o idoso perceber que foi vítima de um crime financeiro, ele deve se dirigir à delegacia com todas as informações que tiver para registrar B.O. e iniciar as diligências e investigações.

“Se o idoso não for acompanhado de alguém que saiba usar o terminal, ele deve se dirigir ao interior da agência e procurar o próprio gerente. Todos esses crimes, com um pouco de cuidado, podem ser evitados. O idoso, quando vai à delegacia, está mais preocupado em restituir o valor e isso não conseguimos”, explica.

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 Casos

O aposentado Francisco Teixeira, de 71 anos, já se deparou, ao ir sacar seu benefício, com uma conta vazia. Ele afirma que não sabe ao certo o que aconteceu, mas airma que a situação já se repetiu duas vezes e descobriu no dia de receber o dinheiro, na hora de sacar. Com a situação, ele procurou a Delegacia para registrar o B.O. Depois dos casos, o aposentado procura se informar com pessoas capacitadas do próprio banco. “Não ando dando muita trela para qualquer pessoa no banco. Eu sempre peço um auxílio, mas do pessoal do banco, quando eu tenho alguma dúvida”, informa.

Fonte: O Dia

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