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Interdição ética da Evangelina Rosa é resultado da sua superlotação, afirma diretor da maternidade
Entretanto, o diretor vê um lado bom nessa interdição feita pela Conselho Regional de Medicina do Piauí (CRM-PI). “No geral vai beneficiar a Evangelina Rosa. Porque isso demonstra o que estamos dizendo a muito tempo: que o funcionamento adequado da rede de saúde, onde todos fazem a sua parte, beneficia a todos. Principalmente ao paciente que é o mais prejudicado nessa história”, afirmou Macêdo.
Macêdo pontuou ainda que houve uma redução de 34% no número de mortes neonatal em 2018 ao se comparar com 2017. “[No ano passado] tivemos ao longo do ano 298 óbitos e em 2018 neste mesmo período 197. Uma redução em torno de 34% em números absolutos. Isso demonstra que mesmo a maternidade tendo aumentado em torno de 21% o seu atendimento, houve uma redução significativa no óbito neonatal”, completou o diretor.
Ainda segundo o médico, a maternidade vem se firmando ao longo dos anos como uma casa de atendimento de alto risco e por ser uma casa com essa complexidade vem atendendo pacientes graves. “A maternidade é a única do estado nesse quesito. E por isso mesmo que há um aumento de óbito por termos esse atendimento de alto risco”, explicou Macêdo.
MEDIDAS APÓS INTERDIÇÃO
Com a interdição ética parcial, a maternidade está atendendo apenas pacientes que tenham alto risco, porém, como medida para reduzir o número de mortes, o Ministério Público do Piauí (MP-PI) passou a normatizar e a regular a entrada na maternidade daqueles pacientes que são de médio e baixo risco. “E isso dá condições à casa de melhorar suas instalações. Seria impossível se fazer reformas grandes na maternidade com ela com sua capacidade ultrapassada de lotação”, pontuou o diretor da MDER.
A partir deste momento, ainda de acordo com Macêdo, está sendo concluído um planejamento junto com o núcleo de engenharia da Secretaria do Governo para que se programem essas reformas necessárias e em um espaço de tempo bem menor. Além disso, Macêdo defende uma redistribuição dos atendimentos médicos.
“Entendemos que para o bom funcionamento, a rede municipal deve ficar com os atendimentos de baixo e médio risco e a maternidade com o tratamento de alto risco. Apesar de entendermos que não podemos fazer uma regulamentação abrupta e dizer que a partir de agora ela só atenderá pacientes de alto risco, até porque ela é a única de alto risco. Mas terá que ser programada, regulada”, concluiu.
Fonte: Oito Meia
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