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Juiz faz desabafo e afirma que é “caótica” o sistema prisional no Estado

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Da pequena sala, no 1º andar do Fórum Criminal de Teresina, o juiz Luiz Moura Correia faz história. Foi o primeiro magistrado a dar uma decisão tirando do ar o Whatsapp em todo o país, assinou uma liminar inédita sobre “estupro virtual” e agora ajuda no trabalho de ressocialização de  presos e dependentes de drogas.

Conversando com o Cidadeverde.com, o juiz fez um desabafo e afirmou que é “caótica” o sistema prisional no Estado. Segundo ele, o Estado não está fazendo sua parte.

“Todo mundo sabe a situação caótica que passa o sistema prisional do Estado do Piauí. Não vamos ficar nessa conversa. A polícia está prendendo, agora tem que ter um local para colocar essas pessoas. Um lugar que cabe 10, não cabe 100, e essa área não pode ficar esperando a falta de investimento”, disse o magistrado que é coordenador da Central de Inquéritos.

Segundo Luiz Moura, o sistema prisional precisa de ações urgentes e comparou a situação a falta de água.

“Se amanhã a gente ter um crise de água, vamos ter que buscar água em algum lugar. Não pode dizer: ah! não tem cela, pois tem que fazer cela imediatamente. Essas pessoas não podem ficar na rua. O Estado tem fazer seu papel e lamentavelmente não está fazendo. Eu quero dizer que a justiça, Ministério Público, a polícia estão fazendo sua parte, agora o Estado tem que fazer a sua. Estamos numa situação difícil. Existem determinados serviços do Estado que não podem faltar”.

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Essa semana houveram ataques a ônibus e veículos em Teresina e podem ter partido de integrantes de facções dentro de presídios do Estado. A Polícia Civil apura se há relação entre o motim do último domingo (19) e os incêndios a três ônibus e dois veículos na capital piauiense. Treze presos ficaram feridos na rebelião. Eles protestaram contra a instalação de mais de 160 câmeras instaladas este mês no maior presídio do Piauí.

Luiz Moura critica a falta de tornozeleiras eletrônicas no Estado e faz uma provocação:  “A violência não vai esperar. Queria saber se a violência acontecesse nas casas dessas autoridades que dirigem áreas do Estado se as providências não teriam sido tomadas”.

Para ele, algumas medidas estão se tornando “inócua” como ordens de buscas e apreensões nos presídios.

“Estão entrando nos presídios com celulares. Cadê o aparelho do Estado para monitorar a entrada dessas pessoas. Está se tornando uma coisa sem controle”, disse.

Ele também faz um questionamento: “Será que a Vigilância Sanitária já passou pelos presídios do nosso Estado?”.

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Piauí produzir tornozeleiras

O juiz lançou uma ideia para que as instituições como Universidade Federal do Piauí e Instituto Federal do Estado provoquem seus estudantes e engenheiros para produzirem tornozeleiras eletrônicas. No País, apenas três empresas fabricam o aparelho: a Synergye, a Spacecom e a UE Brasil Tecnologia.

“Há mais de 50 anos se usa tornozeleiras e está dando certo em todo lugar, porque não no Piauí?.

Fonte: cidadeverde.com

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