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Mortes por arma de fogo no Piauí crescem 246% em 10 anos

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O número de mortes causadas por arma de fogo no Piauí cresceu 246,6% em 10 anos. De 131 registros em 2014, o Estado saltou para 454 casos em 2014. Entre 2013 e o ano seguinte, o aumento foi de 21,7%. Os dados fazem parte do Mapa da Violência, publicação que compõe uma série de estudos realizados pelo pesquisador Julio Jacobo Waiselfisz, desde 1998, tendo como temática a violência no Brasil.

Em relação à taxa de homicídios por arma de fogo a cada 100 mil habitantes, o crescimento foi quase que no mesmo ritmo. Era de 4,4 em 2004, e chegou a 14 dez anos depois, representando crescimento de 215,2%.

Entre as vítimas, 94,3% são homens, e 34,1% tem entre 15 e 29 anos.

O Estado é, contudo, o 22º no país com maior taxa de homicídios em mortes provocadas por arma de fogo. Porém, a situação já foi melhor em 2000, quando éramos o 26% no índice. Em primeiro lugar aparece Alagoas, seguido do Ceará e Sergipe.

Teresina concentra o maior número de mortes registradas em todo Estado. O salto percentual nos registros foi de 256,7%, indo de 97 casos em 2004, para 346 em 2014. Considerando este índice, a cidade é a 12º capital mais violenta do país, cujo ranking traz no topo a cidade de Fortaleza (CE). A capital menos violenta é Boa Vista (RR).

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– Reprodução: Mapa da Violência 2016senado.gif

Na lista das 150 cidades com maiores taxas médias de homicídios por arma de fogo, nenhuma é do Piauí.

– Acesse a íntegra do Mapa da Violência

Índice dobra no Nordeste
Enquanto a taxa de homicídios por armas de fogo na região sudeste caiu 41,4% entre 2004 e 2014, na região nordeste o índice dobrou. Segundo o estudo, o crescimento do índice na maior parte dos estados do nordeste, em um curto período, aconteceu porque os governos tiveram que enfrentar uma pandemia de violência para a qual estavam “pouco e mal preparados”.

Conforme o estudo, a taxa média de homicídios por armas de fogo no nordeste, em 2014 foi 32,8 por 100 mil habitantes, bem acima da taxa da região que vem imediatamente a seguir, Centro-Oeste, com 26 por 100 mil habitantes e um aumento de 39,5% entre 2004 e 2014.

Sobre o pesquisador
Waiselfisz é vinculado à Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso), organismo internacional e intergovernamental autônomo, fundado em 1957 pelos estados latino-americanos, a partir de uma proposta da Unesco, órgão da Organização das Nações Unidas (ONU) para a Educação, a Ciência e a Cultura.

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180 Graus\Com informações da Agência Brasil

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