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No Piauí, servidores do Samu cruzam os braços e apenas três ambulâncias irão atender

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Servidores do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência de Teresina (Samu) resolveram cruzar os braços nesta terça-feira (4) durante paralisação de alerta. A categoria reivindica o pagamento da insalubridade, adicional noturno, gratificação por produtividade, benefícios que, segundo os trabalhadores, foram retirados pela Prefeitura de Teresina. Das 10 ambulâncias, apenas três irão atender a população da capital que é de mais de 847 mil habitantes.

Médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e telefonistas paralisaram as atividades. Segundo o Sindicato dos Servidores Municipais de Teresina (Sindserm), o Samu de Teresina conta com aproximadamente 300 funcionários para uma média diária de 200 atendimentos externos, fora as instruções de socorro repassadas pelos profissionais por telefone.

“Nos últimos dias a gente vem orientando a população a conduzir por conta própria os pacientes em caso de urgência clínica e hoje, infelizmente, isso será feito com mais frequência”, falou a médica Virginia Lima.

Servidor reclama dos cortes no salário (Foto: Gilcilene Araújo/G1)Servidor reclama dos cortes no salário (Foto: Gilcilene Araújo/G1)

Servidor reclama dos cortes no salário (Foto: Gilcilene Araújo/G1)

A reclamação dos servidores é contra os cortes feitos pela Prefeitura de Teresina.

“Além de todos esses cortes, a Prefeitura de Teresina está há três meses parcelando os nosso salários. Uma parte está sendo paga no segundo dia útil e a outra no dia 10. Nós reivindicamos o pagamento da insalubridade, do adicional noturno, produtividade e ainda a gratificação do Ministério da Saúde, que também foi retirada”, explicou Anselmo Pinheiro, diretor do Sindserm.

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Fonte: G1 Piauí.

Manoel Lima, condutor socorrista do Samu, tem 37 anos e seis meses de profissão e diz que situação semelhante ocorreu na década de 1990, mas de forma pontual. “Na época, houve uma conversa e foi explicada a situação. O que nós queremos ouvir do secretário é que, se estão em crise, que falem com os funcionários e peçam compreensão. O que não dá é ficar calado”, disse.

Os servidores também reclamam que não estão tendo acesso ao contracheque pela internet e que alguns trabalhadores seguem até esta terça-feira sem receber a primeira parcela do salário.

Teresina conta com 10 ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, sendo sete unidades básicas, três de suporte avançado, além de duas motolâncias.

A Fundação Municipal de Saúde esclareceu através de nota que não está recebendo os financiamentos adequados para pagar a produtividade e priorizou o pagamento dos salários em dia. O órgão acrescentou que todas as produtividades serão reavaliadas e pagas até o dia 10 de cada mês, em folha suplementar.

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Ainda segundo a FMS, insalubridade é paga a mais de 7.500 servidores e foi suspensa para menos de 300. A Fundação lembrou que o Samu é serviço essencial e a paralisação do serviço é falta grave, por este motivo os servidores podem responder a processo administrativo.

Servidores em greve

SOutros servidores da área da saúde da rede municipal de Teresina estão em greve há 25 dias. Os trabalhadores também alegam a retirada do valor referente à insalubridade e os atendimentos mais comprometidos são de inspeção sanitária, saúde mental, consultas do Programa Saúde da Família (PSF) e atendimento administrativo nos hospitais.

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