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‘O que ele fez foi uma monstruosidade’, diz pai de piauiense morto por militar no DF

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Desconsolado com a fatalidade que vitimou Francisco de Assis Pereira da Silva, o pai Francisco de Assis Vieira da Silva pediu justiça e declarou à vontade de conversar com o assassino do filho. O jovem foi morto a tiros pelo ex-vizinho, o sargento da reserva da Aeronáutica Juenil Bonfim de Queiroz, que também assassinou a esposa Francisca Naíde de Oliveira Queiroz na noite de quarta-feira (12) em Brasília, Distrito Federal.

O corpo de Francisco saiu de Brasília às 12h30 e chegou em Teresina por volta das 14h30. Somente às 17h30, o caixão chegou à casa dos pais de Francisco, no Morro da Esperança, Zona Norte de Teresina, onde acontece o velório. O enterro está previsto para 8h deste sábado (15), no cemitério São José.

“Eu quero justiça. Queria ter a chance de conversar com o assassino e falar o que ele fez com o meu filho foi uma monstruosidade. Um pedaço da minha vida que foi embora. Matar uma pessoa sem defesa, essa cara é um psicopata”, declarou o pai.

Pai de Francisco de Assis durante velório do filho em Teresina — Foto: Rafaela Leal/G1 PI

O pai da vítima comentou que o filho era calado e não relatava quando algo de errado acontecia, por isso não soube informar se o jovem vinha sofrendo ameaças. Francisco de Assis Pereira da Silva formou-se recentemente em gastronomia e estava trabalhando como motorista de aplicativo.

“Meu filho posso afirmar que não gostava de se preocupar com a vida de ninguém, não falava mal das pessoas. Sempre foi um menino educado, criativo, só se preocupava com a vida dele. O projeto dele era estudar, fazer os cursos”, contou.

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Jovem Francisco de Assis morava há 5 anos em Brasília com o companheiro — Foto: Arquivo pessoal

Francisco de Assis Pereira morava há cinco anos em Brasília, com o companheiro de escola Marcelo Brito, que presenciou o crime. De acordo com o pai da vítima, eles iriam receber o novo apartamento no fim do ano.

“Estava tudo correndo bem. Ele falava que não faltava nada. Fez um vídeo esta semana mostrando o apartamento novo, que o sonho era levar eu e a mãe dele para morar lá. Antes dessa tragédia, cheguei a visitar eles ainda no antigo prédio no Cruzeiro, onde o Juenil era síndico”, disse o pai.

Família pretende mudar de casa após morte do filho Francisco — Foto: Arquivo pessoal

A família da vítima recebeu a notícia da morte de Francisco pelo companheiro Marcelo. A mãe do jovem entrou em pânico e está sob efeito de remédio.

“O Marcelo ligou para a minha esposa, que começou a gritar que não era verdade e entrou em pânico, foi então que eu pedi o telefone. O Marcelo estava nervoso e passou a ligação para a irmã dele, que contou como tudo aconteceu”, lembrou Francisco Vieira.

Desde que souberam da morte do filho, os pais de Francisco Assis estão decididos a mudar para Crateús, no Ceará, porque a casa onde vivem traz recordações do jovem.

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O caso

Francisco da Silva e o companheiro dele, Marcelo Brito, foram ao antigo prédio, na noite de quarta-feira, para visitarem uma amiga em comum. O síndico, então, chamou os dois para o próprio apartamento.

No local, Juenil de Queiroz atirou contra a mulher e Francisco. O companheiro da vítima não foi ferido.

Após o crime, o militar foi para a área comum do prédio, onde permaneceu até a chegada da polícia. Na delegacia, Juenil confessou à polícia que matou a mulher e o ex-vizinho Francisco de Assis Pereira da Silva, de 41 anos, por ciúmes. Ele acreditava que os dois tivessem um relacionamento, no entanto, Francisco vivia com Marcelo Brito, há mais de 5 anos. Marcelo gravou em um celular a morte do companheiro e da amiga.

O sargento reformado disse ainda que a arma usada no crime é registrada. Ele foi levado para as dependências do Comando da Aeronáutica, em Brasília, onde permanecerá detido à disposição da Justiça.

O caso é investigado como homicídio, feminicídio e crime relacionado à Lei Maria da Penha.

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Francisca Naíde de Oliveira Queiroz, de 57 anos, foi atingida por pelo menos quatro disparos, segundo a polícia, e morreu na hora  — Foto: Arquivo pessoal

Fonte: G1


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