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Operação Carro Pipa é suspensa em 94 cidades do Piauí por falta de recursos

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[ad#336×280] Milhares de pessoas sofrem com a seca no interior do Piauí e o problema tem se agravado nos últimos dias após suspensão da Operação Carro Pipa. Segundo Defesa Civil no estado, há dois meses o programa de distribuição de água foi cancelado em 94 cidades por falta de recursos.

Moradores do povoado Mirolândia, zona rural de Picos, contam que falta água até para o consumo humano e para ter acesso ao produto precisam pagar. A dona de casa Ana Moura revelou gastar R$ 70 pela carrada de água. “Estou com minha mãe operada do intestino e meu pai é deficiente, preciso de água todo dia para cuidar deles e para ter acesso só pagando”, relatou.

Somente na região, cerca de 200 pessoas dependem da distribuição feita por carros pipa. Como não há poços e meses sem chover a situação é crítica. “O pouco de água que eu tenho só dá para fazer os serviços de casa, não vai sobrar nada para beber”, declarou a aposentada Raimunda de Oliveira.

Segundo a secretária estadual da Defesa Civil, Simone Pereira, 800 caminhões prestavam o serviço no estado e o governo federal que custeava a operação suspendeu o repasse este ano. No entanto, o exército manteve o trabalho até o começo do mês, mas também parou.

“Semana passada tive uma audiência com general Adriano, que é o secretário nacional da Defesa Civil. Ele me informou que o processo de distribuição de água não se encontra mais a nível de Ministério, mas da Casa Civil. Então hoje a liberação deste recurso depende de uma ordem exclusivamente da presidente da República”, explicou Simone Pereira.

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As prefeituras e o governo do estado alegam que sozinhos não têm condições de bancar o abastecimento, com o custo total de R$ 18 milhões. Eles querem saber o motivo da suspensão, já que outros estados continuam sendo beneficiados.

“Porque outros estados mais desenvolvidos, que têm condições financeiras próprias, estão sendo atendidos pela Defesa Civil Nacional, enquanto o nosso estado está sem este serviço. Vamos ao governo federal saber se este é um problema administrativo, político, por falta de recursos financeiros”, questionou o presidente da Associação Piauiense de Municípios, Arinaldo Leal.

Fonte: G1

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