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Piauiense larga tudo para cruzar a América do Sul de bicicleta e cumprir ‘missão’

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O teresinense Natan Peninha Lemos, de 36 anos, largou tudo para seguir o desejo de cruzar a América do Sul de bicicleta. Ele saiu no dia 14 de agosto de Teresina e pretende passar um ano na estrada. Entre muitas experiências, falou das dificuldades, motivação e as pessoas que conheceu pelo caminho, inclusive de um jovem que estava prestes a cometer suicídio.

“Hoje me encontro na cidade de Palmeira, interior do Paraná, estou há mais de 55 dias viajando e já passei por sete estados brasileiros, como Piauí, Bahia, Goiás, Distrito Federal, Minas Gerais, São Paulo e agora Paraná. Estou com destino a Argentina, depois passarei por Paraguai, Bolívia e Peru”, disse ele ao 180.

Ele explicou que o motivo dessa viagem é uma ‘ciclomissão’, que largou emprego, bens materiais, sua vida em Teresina para cumprir o objetivo de falar de Deus para as pessoas por onde passasse.

Confira a entrevista concedida ao 180 sobre a missão:

Como está sendo a viagem?
Viajo de bicicleta e vou falando sobre uma forma de mudança de vida motivacional. Já sofri acidente, já dormi no chão, já fui expulso de casa e hoje minha vida mudou.

Qual a seu objetivo?
Adquiri muitos bens materiais, mas acabei doando, para viver a vida assim, não é uma vida de andarilho, nem de largado, é uma missão, de proclamar a palavra, falar que Deus é bom, que Deus é justo e que ele pode ajudar, pode fazer algo pela sua vida, basta você querer, então eu uso a minha história como uma forma de incentivar a mudança de vida, tenho encontrado muitas pessoas na estrada, pessoas que desabafam comigo, pessoas que eu dou uma palavra, dou uma dose de ânimo e isso tem feito as pessoas chorarem de emoção, em vários lugares, já estive em escolas, faculdades, igrejas, falando sobre isso, é muito gratificante.

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Qual foi sua motivação
O que me motivou isso foi a proclamar o ‘ide’, contar minha história de vida de forma motivadora para outras pessoas, em postos de combustível, igrejas, faculdades, eventos esportivos. Isso fez com que eu me tocasse para fazer isso, acabei doando tudo que eu tinha para fazer isso. Meu objetivo é chegar até onde eu puder, talvez dar a volta à America do Sul, volta ao Brasil. Vivo de doações, amigos me ajudam financeiramente, a família, pessoas na estrada me dão dinheiro, ajudam com alimento, é dessa forma que eu continuo fazendo esta viagem.

Como seus amigos e familiares reagiram com sua atitude?
No início disseram que eu estava ficando louco, mas não dei ouvidos e fiz o que meu coração pediu. Parece ser uma loucura, mas para mim foi além do que eu pudesse dizer. Pretendo seguir o projeto, sai no dia 14 de agosto e pretendo rodar mais ou menos um ano pela América do Sul, são países grandes, com dificuldade de linguagem, alimentação e da moeda, do dinheiro, mas vamos trabalhando, eu trabalhei durante a viagem, por uma semana em certos lugares, e vou arrecadando dinheiro para seguir em frente.

Qual o momento mais marcante da viagem?
Tive momentos marcantes, mas o que tocou meu coração foi um rapaz na cidade de Limeira (SP). Ele passou por mim de moto, parou um pouco na frente e pediu para eu parar. Ele perguntou se eu tinha 10 minutos para ouvi-lo, eu disse que tinha, então me fez perguntas, como era viajar, sobreviver e eu contei para ele como é, da minha história. Ele encheu os olhos de lágrimas e perguntou se eu poderia abraçá-lo, eu disse que claro, a gente se abraçou e ele disse que a sua vida era muito boa, mas ele não era feliz, que quando me viu, disse que eu era feliz pelo pouco que eu tinha, mas ele não era feliz. Ele era engenheiro mecânico e disse que estava prestes a cometer suicídio, mas que viu que a vida era mais importante, que poderia viver de uma forma diferente. Era um jovem bem aparentado, bem vestido, e aquilo me tocou muito. Um jovem que tinha tudo na vida, mas não tinha o principal, que era a felicidade.

Que mensagem deseja passar para as pessoas?

O recado que eu deixo para as pessoas é que elas acreditem nos seus sonhos, que elas podem conseguir qualquer coisa na vida, basta ter fé, coragem e força de vontade, que não perca tempo, que faça pelos outros aquilo que gostaria que fizessem por você. Não esqueça: se esperar o momento para viajar, você nunca vai sair de casa. Por uma vida sem arrependimento.

Para acompanhar a viagem de Natan, siga as redes sociais:

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Natan Peninha Lemos

Fonte: 180 Graus

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