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PICOS | Lei de castração para animais não sai do papel, diz presidente da APAPI

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Os Amigos Protetores dos Animais de Picos (APAPI) fazem uma apelo ao poder público municipal para que a castração seja colocada em prática afim de evitar que mais animais se proliferem na cidade de Picos. A castração é destinada a gatos e cães e tem como objetivo evitar que haja procriação de forma desordenada e culmine com a presença dos animais transitando pelas ruas e  também a contaminação de doenças. Essa medida já foi levada ao Poder Judiciário e concedida à Organização Não Governamental.

Resgate

Na noite de ontem, 30, por volta das 21h, mais um animal doméstico que apresentava sinais de abandono foi resgatado na avenida Beira Rio, no bairro Boa Sorte, em Picos. Um grupo de amigos que caminhavam pela avenida percebeu quando um filhote de gato saiu de dentro do mato apresentando sinais de maus-tratos proveniente de abandono. O animal encontrava-se bastante debilitado. Comovido com a situação, o DJ Bruno Berrios, decidiu resgatar o felino e levá-lo para casa para maiores cuidados.

“Nós estávamos passando, fazendo caminhada e ai avistamos um gato de aproximadamente dois meses que vinha saindo de dentro do mato. Ele estava miando repetidas vezes e cheio de carrapichos preso no pelo. Daí pegamos ele e levamos até a praças da academia pública pra darmos água. Depois disso eu levei ele pra casa e lá ele comeu bastante e também consegui remover os carrapichos que estavam espalhados por todo o corpo. Ele tava também com os olhos remelando muito e ai limpamos as remelas” disse Bruno.

Amigos Protetores dos Animais de Picos – APAPI

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A APAPI  é uma organização não governamental que atua na forma de proteção contra o abandono e maus-tratos aos animais, principalmente, voltado para cães e gatos, que estão na maior parte solto nas ruas em situação de vulnerabilidade.

De acordo com o presidente da APAPI, Felipe Coelho, há centenas de cães e gatos em toda a cidade de Picos. O mesmo afirmou que muitos são abandonados pelos donos e, sofrem ainda de maus tratos passando fome e até mesmo violência cometida por pessoas. Felipe afirmou que a organização enfrenta muitos problemas e mesmo assim estão seguindo na luta, promovendo campanhas de arrecadação de rações entre outras medidas visando a amenização do problema.

O presidente afirmou também que já foi sancionada a Lei nº 2764/2016 que autoriza a castração gratuita de cães e gatos e a proibição de extermínio sistemático. No entanto, a medida não foi colocada em prática ainda pela Secretaria Municipal de Saúde de Picos juntamente com o Controle Epidemiológico.

“Apesar de estarmos batendo na porta todo dia, o Poder Público Municipal finge que a lei não existe” disse o presidente da APAPI.

“Já foi aprovada, sancionada e ainda não colocaram em prática. Infelizmente não deram importância ainda. Esse projeto já existe há dois anos e ainda não saiu do papel. Já fizemos várias reuniões com a Secretaria Municipal de Saúde e já foi acertado como seria o procedimento de castração com quatro Pet Shop’s daqui de Picos, mas até agora o órgão responsável não colocou em prática. Todo dia a pasta muda de secretário e aí a gente tem que repetir a mesma história e nada é resolvido. O Poder Público finge que a lei não existe e não está nem aí” desabafou Felipe Coelho.

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Presidente da APAPI Foto: Portal Grande Picos

“As pessoas continuam na luta. Tem pessoas pedindo ajuda com rações, pedindo atendimento veterinário para animais abandonados que se encontram em situações de emergência, tem pessoas querendo fazer adoção, tem pessoas que querem doar porque já possuem vários animais resgatados da rua. São diversas situações que se não conseguirmos ajuda vai só aumentar a quantidade de animais soltos e o risco de maus-tratos, abandono e de doenças retransmitidas. Só ta faltando colocar em prática a castração. Já foi aprovado a Lei Municipal, e ficam fingindo que nada está acontecendo e o problema só crescendo e crescendo!” lamentou o presidente.

“Ninguém aqui recebe nenhum centavo pra cuidar da Ong. Estamos fazendo um trabalho voluntário, uma forma de exercer cidadania. Isso é um problema de Saúde Pública e estamos preocupados com a questão, por isso estamos nessa luta há dois anos” explicou Felipe Coelho.

“Só na minha porta aqui tem uns 15 animais entre gato e cachorro. Tem gente que cria muitos animais resgatados da rua, mas ficam inviabilizados porque não tem recursos e nem apoio para criar e resgatar mais” completou.

Veja fotos:

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