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Principal acusado de matar o vereador Titico Barbosa é condenado a 42 anos de prisão

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O Tribunal do Júri do Fórum de Picos condenou no início da madrugada desta sexta-feira (13) Josimar Holanda Nunes, o Mazinho, e José Gonçalves Nunes, o Zé Neto, pelo assassinato do vereador Franscico de Assis Pio da Silva, o Titico, morto aos 41 anos por disparos de arma de fogo e facadas, quando comemorava a reeleição para a Câmara de Picos.

No total, Zé Neto foi condenado a 42 anos, 09 meses e 15 dias de reclusão; 02 meses e 27 dias de prisão simples e 190 dias/multa. Ele foi julgado por porte de arma branca e de fogo, tentativa de homicídio contra Francisco Pio e Titico Barbosa. Já Mazinho, que é seu filho, foi condenado a 27 anos e 11 meses de reclusão; 2 meses e 27 dias de prisão simples e 150 dias/multa. Ele foi julgado por homicídio contra o vereador Titico, lesão corporal, posse de arma branca e de fogo. A defesa anunciou que vai recorrer da decisão contra os dois.

O crime aconteceu na noite de 14 de outubro de 2012, no povoado Angical dos Domingos, a  20 quilômetros de Picos. O motivo seria uma discussão iniciada entre parentes do vereador e de um dos acusados

Demorado

O julgamento teve início ontem (12) e durou 19 horas, com intervalo apenas para o almoço. Durante os depoimentos, Zé Neto afirmou que não se lembra dos fatos do dia da morte do vereador e que por isso não poderia fazer nenhuma confirmação. Segundo ele, o encarceramento – que ele diz também não se lembrar quanto tempo já dura – o está perturbando.

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Já Mazinho respondeu ao interrogatório da juíza da 5ª Vara da Comarca de Picos, Nilcimar Araújo, mas escolheu manter-se calado enquanto o promotor e o asssistente de acusação Herval Ribeiro fizeram perguntas relacionadas ao crime – todas sem resposta.

Outro ponto importante do julgamento foi a acareação entre Francisco das Chagas, o Chiquinho, e Francisco José de Sousa, conhecido como Do. Eles divergiram na declaração do Chiquinho de que todos os que estavam no bar correram após dois disparos.  Do disse que ficou no local, pois “travou” as pernas e não conseguiu fugir rapidamente.

Ainda durante os depoimentos e interrogatórios uma ouvinte foi expulsa do plenário por tentar causar tumulto.

O advogado Nazareno The, que defende os acusados de envolvimento na morte do vereador Titico Barbosa, dispensou as cinco testemunhas de defesa.

Nazareno Thé

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Prorrogação do julgamento

Nazareno ainda tentou uma manobra para adiar o julgamento e solicitou sua prorrogação alegando que o quórum de jurados não era suficiente.

Das 25 pessoas que foram sorteadas para o júri popular, 15 compareceram. A juíza da 5ª Vara da Comarca de Picos, Nilcimar Araújo, afirmou que só poderia prorrogar se a mesa não estivesse composta com os sete jurados determinados por lei.

Para o irmão do vereador assassinado, Leonardo Barbosa, o argumento utilizado pelos acusados ao longo do processo de que agiram em legítima defesa se tratou de estratégia para manipular o fato. “É só mentira, eles não têm saída e inventam só para manobrar”, avaliou.

Os dois acusados estão presos na Penitenciária Regional José de Deus Barros, em Picos, desde o dia 22 de outubro de 2012. Nesse período, o advogado de defesa Nazareno Thé interpôs vários recursos no Tribunal de Justiça do Estado do Piauí e no Superior Tribunal de Justiça, em Brasília, mas não obteve êxito em nenhum deles.

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Fonte: Portal Grande Picos

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