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Seca afeta 150 mil famílias na região do semiárido piauiense

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O agricultor piauiense sofre com mais um ano de seca. Segundo Paulo Carvalho, secretário de Políticas Agrícolas, da Federação dos Trabalhadores em Agricultura do Estado do Piauí (Fetag), atualmente, cerca de 150 mil famílias convivem com a falta de ração para os animais, falta de água para o consumo próprio e rebanhos, e, consequentemente, com prejuízos na agricultura familiar. “O semiárido piauiense conta com 127 municípios, ou seja, mais da metade do Estado. Por isso, não podemos dizer que a situação é a mesma para todas as famílias. Algumas passam por mais necessidades que outras. Por conta dos problemas decorrentes da seca, os trabalhadores da agricultura familiar no Piauí estão vivendo das economias que fizeram no passado, dos programas sociais e aposentadorias rurais”, afirmou Paulo Carvalho.

Ele afirma ainda que o Piauí vive o terceiro ano consecutivo de umas das piores secas do Nordeste do semiárido. “A situação dos agricultores do Piauí, em especial da região do semiárido, não é das melhores. A gente sempre tem a esperança que tudo melhore, mas nós sabemos que o período chuvoso ainda demora a chegar”, disse.

O secretário da Fetag acrescenta que em 2014 o problema foi mais grave porque os açudes e barragens ficaram sem água. “Um exemplo é o rio Guaribas, na barragem de Bocaina, próximo à cidade de Picos. Lá, a situação é critica, prejudicando assim os agricultores irrigantes. Em Picos, tem uma fábrica de doce de goiaba e de banana que está sendo bastante prejudicada, pois os agricultores não têm como irrigar as plantações”, contou Paulo Carvalho.

Em cidades da região Sul, como, por exemplo, Caridade do Piauí, Curral Novo e Paulistana, a população necessita do abastecimento de água através do carro-pipa. A água levada pela Defesa Civil serve para o consumo de seres humanos e animais. No entanto, de acordo com Paulo Carvalho, a ajuda enviada pelo Governo não atende a demanda.

REBANHOS – Dados da Fetag mostram que durante os três últimos anos de seca, os rebanhos piauienses foram reduzidos, principalmente o de gado. “O desfalque é de cerca de 60%. E o pior, para repor o que foi perdido, o criador precisa 10 a 15 anos. Então, tanto na agricultura, como na pecuária, os prejuízos são incalculáveis”, destacou Paulo Carvalho.

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Sobre o abastecimento de água nas cidades em situação crítica, a Secretaria Nacional de Defesa Civil afirmou que 94 cidades estão sendo atendidas por carros-pipas. O Governo do Estado garante que investe mensalmente cerca de R$ 2 milhões para assegurar a operação nas regiões afetadas pela seca. De acordo com informações da Secretaria estadual da Defesa Civil, ao todo são 270 carros-pipas em circulação no Piauí, fornecendo água potável para a população.

Fonte: Diário do Povo

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