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SIMÕES | Fé e devoção a N. S. Aparecida leva milhares de pessoas ao ‘Morro da Santa’

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A fé e a devoção a Nossa Senhora Aparecida, santa padroeira do Brasil, leva, anualmente, milhares de fiéis católicos ao Morro da Santa, situado no interior do município de Simões. Segundo populares, o número de pessoas é maior a cada ano. Estima-se que cerca de dez mil pessoas devam passar pelo santuário somente hoje, 12.

As orações iniciaram logo cedo, às 3h30, na Igreja Matriz da cidade de Simões. De lá, os fiéis católicos saíram em caminhada até o Morro da Santa, distante cerca de 7 km. A caminhada é conhecida como ‘Romaria pela Chuva’, um sacrifício para agradecer pelas graças alcançadas. A imagem da santa é conduzida pelos devotos, que entoam cantos durante todo o percurso.

Por volta das 6h, os romeiros chegaram ao pé do morro, onde a Santa Missa foi celebrara, presidida pelo padre Miguel Feitosa. O local já dispõe de energia elétrica, o que facilita a comunicação através de uma estrutura de som. O altar foi montado sobre um caminhão.

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A multidão se divide em acompanhar a Missa e subir a íngreme escadaria do morro. Gildo Sebastião do Nascimento, de 60 anos, fez o sacrifício de subir a escada de joelhos. Ao chegar ao topo, ele se emocionou. O comerciante, que é natural da Paraíba e reside em Araripina há 18 anos, onde é proprietário de uma borracharia, relatou que semana passada fez uma longa viagem de 1.686 km, ao Estado do Maranhão. O esforço da viagem resultou em fortes dores na coluna e na perda de parte dos movimentos.

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Ele, então, fez um pedido a Nossa Senhora Aparecida. “Ontem à tarde eu estava na borracharia com dificuldade pra trabalhar, aí me ajoelhei e pedi a Nossa Senhora que ela ajudasse na minha recuperação. Prometi que, seu eu amanhecesse com saúde, eu ia subir do primeiro degrau até o último de joelho. E graças a Deus e Nossa Senhora, amanheci o dia sadio, consegui subir o morro e estou aqui sem sentir mais nada”, disse.

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Assim como Gildo Sebastião do Nascimento, muitos sobem o ‘Morro da Santa’ para pagar promessas feitas à santa. Acender velas, caminhar com os pés descalços, soltar fogos, distribuir miniaturas da imagem da santa e vestir roupas brancas ou azuis, são algumas das manifestações de fé.

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A senhora Aucina Braz Lopes Pereira, de 50 anos, residente na Serra de Simões, e o neto, Erik Henrique, de um ano e dez meses de idade, vestiram batas azul. Ela, por ter sido curada de uma enfermidade há cinco anos. A criança, por ter tido a paternidade reconhecida. “Eu participo dessa Missa há uns 16 anos. Sou devota de Nossa Senhora Aparecida. Ela me ajuda muito e sempre atende meus pedidos”, disse Aucina.

No alto do morro existem um santuário com a imagem de Aparecida e outros vários santos, e uma capela de velas. No local também existem um cruzeiro e várias esculturas de partes do corpo, em madeira.

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Caravanas
Além da população do município de Simões, a missa do morro atrai devotos de outras cidades e até de outros Estados. No início da celebração, o padre Miguel citou os nomes de municípios como Marcolândia, Curral Novo, Caridade do Piauí, Betânia do Piauí, Paulistana, Massapê, Jaicós, Padre Marcos, Caldeirão Grande e Araripina-PE.

História (com informações de Lana Krisna)
Segundo conta a história, as manifestações religiosas na comunidade rural Malhada Grande começaram no ano de 1983, quando um piauiense foi assaltado em São Paulo, e para ter sua vida poupada, apegou-se a Nossa Senhora. Em retribuição pela graça alcançada, levou uma imagem do Santuário de Aparecida do Norte para o alto do morro.

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Através da comunicação popular, a história do homem que sobreviveu ao assalto e em seguida recuperou o carro roubado, ecoou por toda região. Aos poucos, os fiéis da Virgem começaram a deixar seus “ex-votos” aos pés da imagem, assim como as súplicas por dias melhores.

Esta manifestação religiosa também é resultado do clamor de um povo que no ano de 1993 padecia com a seca que se alastrava pela região, por isso, leva o nome de Romaria pela Chuva, na época organizada pelo padre Hermeto Mengarda e Comunidades Eclesiais de Base, que juntos, conclamaram à população sofredora para rezar a Deus pedindo chuvas, mas também, para chamar atenção do poder público, mediante falta de assistência aos pobres, aos agricultores, doentes e todos aqueles atingidos pelo efeito da seca.

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