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Vítima de feminicídio no PI disse em mensagem que tentou denunciar ex à polícia

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Em mensagens online enviadas à irmã no dia 20 de abril, a cabeleireira Aretha Dantas contou que tentou denunciar o ex-namorado, preso suspeito de matá-la no dia 15 de maio. Nas mensagens, ela diz que não teria conseguido fazer um boletim de ocorrência por conta da greve dos policiais civis, que completou mais de 50 dias. A Delegacia Geral negou que a greve esteja impedindo o registro de boletins de ocorrência e que não há registros da tentativa de registro pela vítima.

Segundo Aline Dantas, irmã de Aretha, a tentativa de denúncia aconteceu porque o ex-companheiro teria destruído pertences pessoais da vítima. Embora a família desconfiasse de agressões, a cabeleireira nunca havia relatado detalhes aos familiares.

“Ela disse apenas uma vez, quando terminaram da primeira vez, que ele tinha tentado enforcar ela porque ela queria sair. Mas ela nunca falou que foi agredida, a gente desconfiava porque ela tinha marcas pelo corpo. Essa denúncia ela ia fazer porque ele tinha destruído umas coisas dela”, contou Aline ao G1.

Nas mensagens, Aretha disse à irmã que, na delegacia, teria sido orientada de que o ato do ex configurava crime de danos. Ela disse nas mensagens: “Fui dar parte dele na delegacia da mulher, aí quando cheguei lá ‘tava’ de greve”.

A irmã Aline  contou que a irmã tentou denunciar o ex. (Foto: Lucas Marreiros/G1)

A irmã Aline contou que a irmã tentou denunciar o ex. (Foto: Lucas Marreiros/G1)

Segundo os policiais civis em greve, apenas casos de denúncia de estupro estão sendo registrados pelos grevistas. Contudo, na Delegacia da Mulher da Zona Sul, que Aretha disse ter procurado, há sempre outros policiais que não aderiram ao movimento grevista e que estão fazendo o registro normalmente.

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A Delegacia Geral, por meio de nota, informou que o funcionamento não está afetado e que não há registro de que Aretha tenha procurado a delegacia.

A Polícia Civil do Piauí esclarece que não existe nenhuma comprovação de que Aretha procurou a Delegacia da Mulher ou outra delegacia de Teresina. Durante esse período de greve, não houve negativa por parte da delegacia da Mulher de registrar boletim de ocorrência. O Sindicato orienta que violência contra a mulher, contra criança e adolescente, e outros temas como homicídio são atendidos durante a greve, inclusive a Polícia Civil disponibiliza a Central de Flagrante de Gênero com uma delegada trabalhando 24 horas. A Polícia Civil adotou em curto prazo todas as providências para a elucidação do crime e para a prisão do suspeito.

Feminicídio

Morte de Aretha Dantas Claro, 32 anos, é investigada por Núcleo de Feminicídio em Teresina (Foto: Arquivo Pessoal)

Morte de Aretha Dantas Claro, 32 anos, é investigada por Núcleo de Feminicídio em Teresina (Foto: Arquivo Pessoal)

Aretha Dantas foi achada morta no dia 15, na avenida Maranhão, com cerca de 20 perfurações no corpo e marcas de atropelamento. O ex-namorado foi preso no dia seguinte, suspeito do crime, que a família informou já ter feito ameaças à vítima. Ele deixou uma carta onde demonstrava sentir raiva da ex-namorada e de uma amiga dela.

A polícia informou que ele tinha ciúmes de Aretha, que estava se planejando para morar com o companheiro atual. Segundo as investigações, a vítima foi morta dentro do carro do suspeito, atirada para fora e teve seu corpo atropelado e abandonado na avenida.

Fonte: G1

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