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Messi busca sua quinta Bola de Ouro

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Lionel Messi não foi artilheiro da Liga dos Campeões nem conquistou o título mundial com sua seleção, mas tem cartas na manga para desbancar Cristiano Ronaldo e Manuel Neuer na disputa pela Bola de Ouro. Embora não tenha levado nenhum troféu pela primeira vez desde 2007, o argentino escreveu seu nome na história de diferentes competições e voltou a ganhar a fama de “exterminador de recordes” em um ano que pode não ter sido o melhor de sua carreira, mas foi bem acima da média do futebol mundial. Coroado pela disputa de uma final de Copa do Mundo e o prêmio de melhor jogador da competição.

Certamente o argentino não é considerado o favorito a levar, pela quinta vez na carreira, o prêmio concedido pela Fifa e a revista “France Football”. Houve quem defendesse que Messi não deveria estar nem mesmo entre os três finalistas. Mas seus números provam que, se não foi mágico como outrora, La Pulga foi bastante eficiente. Em 2014, o camisa 10 marcou 58 gols em 67 partidas, sendo 50 pelo Barcelona e outros oito pela seleção argentina. O craque somou, ainda, 21 assistências. Comparando seu desempenho ao de Cristiano Ronaldo, não há tanta disparidade, uma vez que o luso marcou 62 gols e deu 22 passes decisivos em 62 jogos.

Se as estatísticas de um grande atacante não são suficientes, Messi pode recorrer aos recordes para defender-se das críticas. Ao longo de seus 27 anos, o jogador alcançou muitas marcas históricas, mas, certamente, 2014 reservou as mais importantes até agora. Logo em março, com um hat-trick na goleada por 7 a 0 sobre o Osasuña, ele se tornou o maior artilheiro da história do clube (contando jogos oficiais e amistosos), com 371 gols, deixando para traz Paulino Alcántara.

Barcelona x Sevilla - Messi (Foto: Reuters)

Jogadores do Barcelona comemoram recorde de Messi como maior artilheiro do Campeonato Espanhol (Foto: Reuters)

Veio o fim da temporada 2013/14 e a Copa do Mundo. No começo de 2014/15, na reta final do ano passado, Messi teve uma semana mágica, com duas marcas históricas. Em 22 de novembro, se tornou o maior artilheiro do Campeonato Espanhol com 253 gols ao marcar três vezes diante do Sevilla. Um novo hat-trick três dias depois o faria levar a melhor em um duelo particular com Cristiano Ronaldo para ver quem ultrapassaria Raúl primeiro e ostentaria o recorde de grande goleador da história da Liga dos Campeões. Diante do Apoel, alcançou 74 gols e deixou para trás os 71 do ídolo merengue.

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Craque ganha prêmio de melhor da Copa em eleição polêmica

Campeão olímpico com sua seleção em 2008, Messi era muito pressionado por atuações convincentes na Argentina antes do ciclo do Mundial do ano passado. Nas Eliminatórias, foi decisivo ao marcar 10 gols e ser o vice-artilheiro da competição, na qual a equipe de Alejandro Sabella foi líder. E enfim teve um bom desempenho na Copa do Mundo, quando marcou quatro gols e foi o capitão dos vice-campeões, derrotados pela Alemanha na prorrogação da decisão no Maracanã.

– Penso que vai ganhar Cristiano Ronaldo, pelo critério da Fifa, que faz “dois mais dois são quatro”. Pelo que ganhou na Champions e os gols que fez, deve ganhar. Apesar de dizerem que a Copa do Mundo faz diferença, em 2010 o Iniesta tinha todos os requisitos para ganhar. E só deram uma vez este prêmio para um goleiro, então acho que o Neuer não deve ganhar. Eu gostaria de ver o Messi ganhando por todos os recordes que ele bateu neste ano e ninguém tinha conseguido antes. O que ele fez não está ao alcance de qualquer um. São jogadores especiais que merecem esse reconhecimento. Ele é o melhor jogador do mundo, e por todos esses méritos, merece essa Bola de Ouro – opinou o jornalista Roger Torello, do diário catalão “Mundo Deportivo”.

Messi com o prêmio de melhor jogador da Copa do Mundo (Foto: Reuters)Camisa 10 recebe o prêmio de melhor do Mundial: decepção com derrota na final (Foto: Reuters)

A trajetória de Messi no Mundial do Brasil, onde estiveram milhares de argentinos durante toda a competição, seria irrepreensível se não fosse o fato da Fifa o ter escolhido como o melhor jogador do Mundial – contrariando até mesmo o próprio presidente da entidade, Joseph Blatter. Para muitos, Toni Kroos, James Rodríguez e Arjen Robben fizeram uma Copa mais convincente e furam mais fundamentais para seus times.

Comparando as estatísticas, por exemplo, de Messi e Robben, verifica-se que o holandês foi mais decisivo para sua equipe. O jogador do Bayern fez um gol a menos que o argentino, mas teve uma precisão de 90% nas finalizações (contra 40% do barcelonista). O holandês acertou 86,7% dos passes, e Messi, 80,3%. Robben sofreu dois pênaltis, e La Pulga, nenhum.

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Concorrendo ao prêmio da Fifa, Messi e sua legião de fãs acreditam que há argumentos mais do que suficientes para mais uma Bola de Ouro – principalmente o fato do argentino ter chegado à final da Copa, enquanto seu grande rival, Cristiano Ronaldo, não passou da primeira fase. Sem ser favorito, certo é que o astro chegará ao evento da próxima segunda-feira envolvido em uma crise com o técnico Luis Enrique, que estaria o deixando insatisfeito a ponto de pensar em uma transferência. Assim, o tradicional troféu pode fazer La Pulga voltar a sorrir.

Messi bola de ouro (Foto: Reprodução L'Equipe)

Fonte: GE

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