As ciladas da ‘Black Friday’: pelo menos seis pessoas são vítimas de golpes virtuais por dia em THE

Em Teresina, diariamente, pelo menos seis pessoas são vítimas de crimes virtuais, como estelionato ou furto qualificado, quando se rouba da conta da pessoa. De acordo com o delegado titular da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI), José Anchieta, ao OitoMeia, a tendência é que com a aproximação do Natal e do Black Friady, nesta sexta-feira (29/11), essa estatística aumente.

Nesse período, algumas das maiores lojas de departamento do Brasil anunciam grandes descontos. A data se tornou atrativa para consumidores, mas também é uma das favoritas entre golpistas. De acordo com informações divulgadas pelo Jornal Nacional, o Brasil registra 900 tentativas de golpe por dia. São 15 por segundo. Cerca de 65% das pessoas com acesso à internet já caíram em algum tipo de armadilha.

“Esse tipo de crime é sazonal. Então, em dezembro, com o Natal e com a Black Friday as ocorrências aumentam. No mês de novembro já recebemos muitos boletins de ocorrência do que usualmente acontece”, explicou o delegado Anchieta.

PRINCIPAIS GOLPES

Para a Black Friday, o delegado pontua que os golpes mais utilizados são os de sites clonados. Essas quadrilhas são especializadas em criar lojas digitais ou contas de lojas falsas em market places (sites de vendas criados em redes sociais). Outra técnica famosa e também antiga é o phishing. Os criminosos criam sites falsos — muitas vezes clones de grandes lojas — e espalham esses endereços eletrônicos por e-mail ou correntes de aplicativos de mensagens, como WhatsApp.

“O crime cibernético não tem fronteiras. Muitos criminosos de outros países aproveitam a Black Friday para subir sites falsos de grandes logistas no Brasil. O consumidor não pode se deixar levar pela emoção dos preços baixos nas promoções e deve pesquisar antes de informar qualquer dado ou concluir a compra”, explicou o delegado.

Na noite da segunda-feira (25/11), por exemplo, a líder de uma quadrilha especializada em estelionato foi presa em Teresina. Evitha Kelly Silva Benício, supostamente, se aproximava de vendedores online com documentos de médicos e engenheiros e concluía a compra com falsos depósitos bancários. Mais de 15 pessoas foram enganadas pelo grupo e perderam objetos como smarts TV’s, smartsphones e ouro.

NA DÚVIDA, NÃO CLIQUE

Para não cair em golpes na internet é preciso ficar atento a uma série de detalhes, conforme pontuou o delegado Anchieta. O OitoMeia listou alguns destes cuidados:

• Ao buscar site para fazer a compra, a primeira coisa é digitar o site manualmente diretamente no browser para evitar sites clonados;
• Não clique em links desconhecidos. Mesmo aqueles enviados por amigos e familiares podem baixar malware em seu dispositivo ou direcioná-lo para páginas que coletam dados pessoais sem que você saiba;
• Verifique a reputação do site no qual deseja realizar a compra. Veja se outras pessoas tiveram problemas, especialmente no que se refere a pagamentos, devoluções ou entregas. Você pode utilizar o site do Reclame Aqui para fazer isso
• O consumidor também pode consultar na página do Procon e o Registro.br, na sessão “Whois para checar se o site é registrado. Os golpistas geralmente usam endereços de e-mail gratuitos para registrar o domínio (Hotmail, Gmail, etc);
• Desconfie de mensagens SMS e anúncios no Facebook. Essa é a mais nova modalidade dos golpistas. Para confirmar se a oferta exibida na rede social é real, entre no site oficial do varejista e busque o produto anunciado;
• Não faça transações comerciais ou bancárias online enquanto estiver conectado a uma rede Wi-Fi pública;Instale em seu dispositivo uma solução de segurança que tenha tecnologias integradas para evitar fraudes financeiras
• Guarde comprovantes. Salve tudo o que receber no email, como confirmação da compra e nota fiscal. Eles serão importantes caso você caia em algum golpe;
• Formas de contato. Procure no site um número de atendimento da loja para saber com quem falar em casos de problema

O QUE FAZER APÓS CAIR EM UM GOLPE NA INTERNET?

O primeira coisa a se fazer quando se cai em um golpe cibernético é entrar em contato com o banco ou a operadora de cartão de crédito por onde foi feita a transação.  As instituições possuem um sistema de inteligência capaz de detectar a maior parte das vezes em que um cartão foi fraudado e bloquear a transferência de valores.

O segundo passo é registrar um boletim de ocorrência. Ela afirma que a vítima deve reunir o máximo de informações possíveis para fornecer à polícia, como uma captura de tela do site onde a compra foi feita, o CNPJ da empresa e o endereço físico dela.

Fonte: Oito Meia