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Cientistas piauienses desenvolvem pesquisas para erradicar fome no mundo

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Você sabia que existe uma tecnologia capaz de permitir o cultivo de plantas e a criação de animais integrados na forma de um sistema, a baixíssimo custo? Você já ouviu falar do “Sisteminha” da Embrapa?

“Sisteminha” é o modo carinhoso como os visitantes diários da Embrapa Meio-Norte em Parnaíba (PI) apelidaram o projeto da Unidade Demonstrativa do Sistema Integrado para Produção de Alimentos. Trata-se de uma tecnologia social que se baseia na piscicultura, em pequenos tanques construídos com papelão, plástico ou taipa, que integra um sistema de produção de alimentos, com baixo consumo de energia elétrica e água. A criação de peixes se integra à criação de galinhas de postura, frangos de corte, codornas, preás e minhocas. Os resíduos metabólicos dos peixes, ricos em sais minerais são usados no cultivo de vegetais na forma hidropônica ou convencional em canteiros. A atividade é escalonada para aproveitamento de pequenas áreas urbanas de até 1000m2. O escalonamento da produção semanal de milho verde, feijão verde, forragem hidropônica, macaxeira, batata doce fortificada, outras hortaliças além de frutíferas como o mamão, melancia e melão caipira irrigados com a água do tanque dos peixes, garantem a sustentabilidade do sistema.

Desenvolvido pelos pesquisadores da Embrapa Meio Norte, na unidade de Parnaíba, liderados pelo Dr. Luiz Carlos Guilherme, o Sisteminha é visto como uma importante ferramenta para combater a fome e reduzir a miséria em áreas onde há escassez de água e falta de oportunidades de trabalho. Este ano, em maio, Dr. Luiz Guilherme, atendendo nosso convite, participou como palestrante do Pint of Science, um festival internacional de divulgação científica que aconteceu em Teresina (PI).

A criação dos peixes associada com outros cultivos e criação de outros animais insere carboidratos e proteínas na alimentação das famílias. A manutenção desse sistema integrado permite a continuidade da agricultura durante todo o ano, diminuindo a insegurança alimentar.

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Do Piauí para o Mundo

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O Sisteminha foi desenvolvido integralmente na Embrapa Meio Norte em Parnaíba a partir do Sistema patenteado pelo Dr. Luiz Guilherme, resultado da sua pesquisa de Doutorado. O projeto já recebeu reconhecimento internacional. Em 2014 o projeto recebeu na Espanha o Prêmio Innovagro, outorgado pelo IICA (Instituto Interamericano de Cooperación para la Agricultura). Em 2013 recebeu da Fundação Banco do Brasil o prêmio de destaque de projeto de cunho social, tendo sido homenageado também pelo Conselho Federal de Medicina Veterinária com o Prêmio Professor Octávio Rodrigues em 2015. A qualidade do projeto foi percebida pela Fundação Bill & Melinda Gattes que financia sua implantação em cinco países da África (Uganda, Gana, Etiópia, Camarões e Tanzânia). A Revista Cidade Verde já destacou em suas páginas este importante projeto.

Como pesquisador, dá orgulho saber que nossos colegas, radicados aqui no Piauí, tem conseguido, com perspicácia, inteligência e inovação resolver problemas em escala mundial.

Fonte: Cidade verde

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