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Com duplicação parada há dois anos, carros sofrem com buracos na BR-316

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A obra de duplicação da BR-316 orçada em R$ 71 milhões está parada há mais de dois anos. Enquanto a obra não sai, motoristas que utilizam a principal via de ligação entre a capital e Sul do estado continuam enfrentando problemas: muitos buracos e congestionamento.

A rodovia é um dos principais acessos a bairros como Porto Alegre, Irmã Dulce, Portal da Alegria, Mário Covas e Torquato Neto, e está dentro de um plano de duplicação que também inclui um trecho da BR-343, que conta com investimento na faixa dos R$ 36 milhões, totalizando R$ 107 milhões, segundo o Departamento de Estradas e Rodagens (DER).

Motorista se arrisca na faixa contrária para desviar de buraco na BR-316 (Foto: Fernando Brito/G1)
Motorista se arrisca na faixa contrária para desviar
de buraco na BR-316 (Foto: Fernando Brito/G1)

Em um trecho da BR-316, entre a rodoviária dos pobres e o acesso ao bairro Mário Covas, a situação é ainda mais precária.

Em frente à rodoviária, por exemplo, são tantos os buracos que os condutores precisam desviar passando pelo acostamento ou pela pista contrária, aumentando consideravelmente o risco de acidentes.

O discurso de quem sofre com o problema é o mesmo. “Eu sempre passo ali naquele trecho e a situação é precária. Piora ainda mais quando chove. Ainda não tive problemas com o carro por conta dos buracos ali da rodovia, mas toda vez eu tento desviar de um e acabo caindo em outro”, contou o estudante Ednaldo Costa.

Outra condutora que também reclama da buraqueira é a agente de saúde Francisca Karina, de 37 anos. Segundo ela, as revisões no veículo têm sido feitas mais vezes do que o necessário.

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“O problema, além dos buracos é o congestionamento. É preciso a gente sair muito cedo, para evitar o trânsito lento, ou mesmo sair muito tarde. É pedir para chegar atrasado no trabalho. Outro dia eu passei na avenida e caí em um buraco enorme. Era noite e nesse horários fica mais perigoso. O motorista não vê. Com a duplicação, resolveria tanto o congestionamento, quanto os buracos e ainda o escoamento da água da chuva, porque alaga quando chove”, contou.

Sob o risco de acidentes, motoristas se arriscam na BR-316 para escapar de buracos (Foto: Fernando Brito/G1)
Sob o risco de acidentes, motoristas se arriscam na BR-316 para fugir de buracos (Foto: Fernando Brito/G1)

O trecho está entre os mais perigosos entre as rodovias federais, segundo um levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Em 2014, por exemplo, foram registrados 473 acidentes, sendo 66 deles graves com 7 pessoas mortas.

Já um levantamento da Polícia Rodoviária Federal realizado em 2014, apontou a BR-316 como o oitavo lugar, enquanto a 343 ficou em nono entre as rodovias brasileiras mais perigosas do país.

A reportagem entrou em contato com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), que informou que o trecho em questão é de responsabilidade do Departamento de Estradas e Rodagens (DER).

Segundo o diretor geral do DER, José Dias, o trecho será contemplado pela obra de duplicação da rodovia que está parado há mais de dois anos, por conta da dificuldade na regularização de imóveis ao longo do trecho que, com a duplicação, pode tomar parte da propriedade.

Na obra, de acordo com o gestor, já foram gastos R$ 5 milhões dos R$ 71 milhões que compõem o orçamento inicial da obra. Parada desde o ano de 2014, o diretor disse que a obra deve ser retomada ainda no mês de abril ou maio.

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“Nós já temos trabalhando para resolver o problema ali na via pelo menos de forma paliativa, fazendo uma operação tapa buraco na BR até que as obras de duplicação sejam retomadas. Já teríamos feito no início dessa semana, mas as chuvas dos últimos dias deixaram a rodovia molhada. E quando isso acontece, a aplicação de asfalto fica inviável”, contou.

 

G1

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