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Com greve nos Correios, consumidores devem ficar atentos à data de pagamento das faturas

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Seguindo a tendência de mais da metade dos estados brasileiros, os trabalhadores dos Correios no Piauí deflagraram greve por tempo indeterminado na última semana. A distribuição e entregas das encomendas e correspondências estão suspensas por conta do movimento grevista e muitos piauienses estão deixando de recebê -las na data correta.

A estudante Ravena Carvalho comprou, através da internet, uma coleção de livros acadêmicos para se preparar para cursar mestrado. Segundo ela, a previsão inicial era que os livros fossem entregues em casa, no máximo, em três dias, o que não aconteceu.

“Acessando a área de rastreamento de objetos no site dos Correios, percebi que o pacote já chegou a Teresina, mas, por conta da greve, ainda não foi entregue. Tentei retirar de forma presencial, mas, ao chegar lá, me disseram que isso não seria possível e que eu deveria aguardar”, comenta a jovem.

Situações como a vivenciada por Ravena se tornaram cada vez mais comuns após a deflagração da greve dos servidores dos Correios. Para evitar transtornos durante o período de greve, o consumidor precisa estar atento a alguns detalhes.

Empresas que entregam boletos ou faturas através dos Correios são obrigadas a oferecer, ao consumidor, alternativas de pagamento antes do vencimento. O ideal é que o consumidor entre em contato com a empresa credora, para solicitar outra opção de pagamento, para evitar cobranças de eventuais encargos, ou ter o cancelamento de serviços.

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Em relação ao atraso na entrega de encomendas ou produtos pelos Correios, cabe à empresa fornecedora buscar alternativas para concluir a entrega em tempo hábil. Caso isso não aconteça, o consumidor pode buscar, na justiça, indenização por danos morais ou materiais por conta da não prestação do serviço.

Negociações 

Os trabalhadores dos Correios no Piauí devem manter a greve pelo menos até sexta-feira (25), data da próxima audiência de conciliação em nível nacional, no Tribunal Superior do Trabalho (TST). A categoria reivindica reposição de inflação, de 9,5%, mais um aumento real de 10% nos salários.

No país, os carteiros estão divididos. De 36 sindicatos que os representam, 17 não estão apoiando a greve. Por conta disso, a empresa entrou com pedido de dissídio coletivo no TST.

A proposta do TST prevê reajuste linear de R$ 200 em forma de gratificação, o que representa um aumento de cerca de 15% sobre o salário -base inicial dos agentes dos Correios. Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios no Piauí, José Rodrigues, a proposta não atende aos anseios da classe e a tendência é que o movimento grevista continue. “Com essa proposta de reajuste em forma de gratificação, esse valor não seria incorporado e o piso salarial seria mantido”, afirma.

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Além do reajuste, os trabalhadores também cobram melhores condições de trabalho nas agências. “Um problema que nós temos enfrentado é questão de seguranças nas agências. Os assaltos são cada vez mais constantes, principalmente no interior. Também lutamos pela gratuidade no plano de saúde, e contratação de novos profissionais”, pontua.

Por: Natanael Souza- Jornal O Dia

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