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Dia Internacional da Síndrome de Down: educação inclusiva que abraça diferenças

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Adriano, de 7 anos, Luís Guilherme, de 10, e João Marcelo, de 12, se misturam entre as crianças durante a hora do recreio na Escola Estadual Velho Monge, no bairro Porto Alegre, Zona Sul de Teresina. Os três garotos frequentam as aulas com as demais crianças apesar da síndrome de down, condição causado pela presença de um cromossomo a mais nas células. As crianças aprendem juntas e criam laços sem barreiras ou preconceito.

O Dia Mundial da Síndrome de Down acontece nesta quinta-feira, dia 21 de março, em alusão aos três cromossomos presentes na 21º, e foi criado para lembrar a todas as pessoas o que é vivenciado diariamente na Escola Municpal Velho Monge: que a capacidade das pessoas com síndrome de down não tem limites.

A educação inclusiva é lei no Brasil desde julho de 2015, com a instituição do Estatuto da Pessoa com Deficiência. A Escola Municipal Velho Monge trabalha a inclusão desde 2008. Os três meninos estudam no período no período da manhã: Adriano estuda no 2º ano, João Marcelo e Luis Guilherme no 4º ano. Na sala de aula, eles são assistidos por um profissional da educação, além do professor, um apoio intelectual e de adaptação.

“Não há muita diferenciação no processo, nem especialidade que os limitam”, explica a diretora do AEE, Maria da Conceição Dias. “Todos eles andam com os demais, enfrentam filas da merenda e agem naturalmente como as outras crianças. O que eles precisam é de apoio e claro, cuidados, mas como todas as outras crianças precisam”, disse.

Luís Guilherme tem 10 anos e faz a 4ª série do Ensino Fundamental.  — Foto: José Marcelo/ G1

Luís Guilherme tem 10 anos e faz a 4ª série do Ensino Fundamental. — Foto: José Marcelo/ G1

À tarde, os garotos passam por atividades extras na sala de Atendimento Educacional Especializado (AEE), com recursos que auxiliam no desenvolvimento deles e de outras crianças com necessidades especiais. Na escola Velho Monge estudam 42 alunos com diversas deficiências, entre elas cinco com síndrome down.

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“O que a gente faz é o trabalho de adaptação, de acordo com o nível da criança no AEE, com atividades, brincadeiras, diálogos entre outros recursos. Mas é importante frisar que o professor em sala de aula é fundamental para o crescimento deles, também” disse Maria da Conceição Dias.

Segundo a professora Lúcia Rocha, as crianças com down recebem um apoio especial para desenvolver a coordenação motora, principalmente durante a aprendizagem da escrita. “Trabalhamos também o uso das letras iniciais, vogais, consoantes. É um trabalho de adaptação e persistência, e também de socialização com próprio material escolar dele, e isso é coisa do cotidiano”, disse Lúcia Rocha.

Já para professora Maria do Perpétuo Socorro, o método de ensinar para Adriano, João Marcelo e Luís Guilherme também é uma forma de aprender. “Cada caso é um caso, cada criança tem seu comportamento diferente. Eles precisam do aprendizado da disciplina, para ver o mundo ao redor deles e entender a realidade.” disse a professora.

Texto e fotos: José Marcelo | G1

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