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Geminiano promove caminhada para celebrar 18 de Maio

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Em meio ao conturbado momento político vivenciado no país, outro importante fato marcou esta quinta-feira: a celebração do Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. No município de Geminiano, a Secretaria de Assistência Social organizou uma caminhada com o objetivo de chamar a atenção da sociedade para o tema.

A data é importante para a rede de proteção aos direitos das crianças e dos adolescentes por remeter a um episódio marcadamente triste na história brasileira: em 18 de maio de 1973, Araceli Crespo, de 8 anos, foi raptada, estuprada e morta por jovens de classe média alta em Vitória (ES). Passados 44 anos, os agressores nunca foram punidos.

Marcas profundas

“A comunidade tem um papel importante no combate aos casos de abuso e exploração sexual através das denúncias. São casos que tentamos prevenir, mas quando acontecem é nossa obrigação ir atrás e dar uma resolução e buscar a punição dos agressores”, diz Silvana Maria de Sousa, integrante do Conselho Tutelar de Geminiano. Sem fornecer números, ela destaca que são comuns denuncias envolvendo crianças e adolescentes no município, sobretudo na zona rural.

A psicóloga Micaella Martins Dantas Macedo esclarece que os agressores não são pessoas estranhas às crianças, mas próximas e de confiança, por isso fica ainda mais difícil a identificação do abusador. As situações de violência e abuso sexual, diz ela, podem deixar marcas profundas. “A violência sexual é uma ameaça à sobrevivência, bem-estar e ao futuro de nossas crianças e adolescentes. Ela pode trazer consequências para seu desenvolvimento, saúde e aprendizagem. Quando a criança ou adolescente sofre qualquer tipo de violência e não recebe ajuda, acaba por internalizar a agressão como algo aceitável”, explica.

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Caminhada em Geminiano – Foto: Maria Moura

Outro alerta da profissional são as formas de abuso, muitas delas consideradas comuns no convívio social. “A violência física, maus tratos, espancamento e a violência psicológica, sendo essa última a mais comum e mais difícil de ser identificada”, lembra a psicóloga, acrescentando que os menores enviam sinais de que algo não está bem.

“As crianças e adolescentes, avisam de diversas maneiras que estão sofrendo maus tratos e que estão vivenciando o abuso sexual, é preciso ter sensibilidade para entender esses sinais que na maioria das vezes são não verbais, como mudanças bruscas de comportamento, comportamento infantil, medo, choro excessivo, ansiedade, dificuldade em confiar nas pessoas, evitamento de contato físico, dificuldade de aprendizagem e concentração, entre outros”

Ações sociais

Para fortalecer a rede de proteção às crianças e adolescentes, a administração pública de Geminiano investiu na estruturação do Centro de Convivência e Fortalecimento de Vínculo – espaço destinado a ações sociais voltadas para crianças, adolescentes e idosos.

“Um dos maiores problemas da sociedade atualmente é que os abusos que acontecem hoje serão floridos no futuro. Então estamos fazendo essa caminhada para despertar a sociedade sobre esses casos, mas também investimos num espaço onde oferecemos aulas extracurriculares e atividades esportivas para esse público, assim o município está chegando onde deve chegar – oferecendo suporte à população”, destaca Ivonaldo Barbosa, coordenador do centro.

Como denunciar

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No Brasil, o Disque 100 e o aplicativo Proteja Brasil são os principais meios de denúncia dos crimes envolvendo crianças e jovens. Apenas em 2015 e 2016, 37 mil casos de denúncias de violência sexual na faixa etária de 0 a 18 anos foram recebidos pelo Disque 100. Em Geminiano, o Conselho Tutelar fica localizado nas proximidades do Mercado Público do município.

Números

Apenas em 2016 foram 17,5 mil casos. A maior parte das denúncias é referente aos crimes de abuso sexual (72%) e exploração sexual (20%). As demais ligações estavam relacionadas a outras violações como pornografia infantil, sexting, grooming, exploração sexual no turismo, estupro.

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