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Proibir carnaval prejudica municípios, diz presidente da APPM

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O presidente da Associação Piauiense dos Municípios (APPM), Arinaldo Leal, disse hoje (2) durante entrevista ao Jornal Cidade Verde, que a decisão do Tribunal de Contas do Estado (TCE) de proibir a aplicação de recursos públicos em festas de carnaval deve gerar um efeito contrário. Ao invés de economia, as prefeituras iriam gastar mais com o não cumprimento de contratos com artistas.

“Estamos a dez dias do início do carnaval, praticamente, e nem publicada a decisão foi. Não recebemos a notificação oficial, então fica difícil nessa altura do campeonato você conseguir barrar uma festa que está programada para daqui a duas semanas”, disse o presidente, que é prefeito de Vila Nova do Piauí.

Arinaldo Leal sustenta que, em várias cidades, o retorno financeiro em razão do carnaval supera as despesas. Ele citou Floriano e Água Branca como exemplos. “Na maioria dos municípios, o retorno financeiro com a realização do carnaval é muito positivo. O prefeito de Floriano me disse que o investimento que ele vai fazer não chega a 20% do retorno para a economia do município. Para 90% dessas festas já foram feitos gastos. Quando você contrata uma banda paga-se uma entrada e se houver o recuo no contrato, temos que pagar multa, que geralmente é de 50%. A banda não consegue outro contrato no mesmo período”, explica o gestor, pedindo ao tribunal que avalie cada caso.

“A gente quer que o tribunal avalie caso a caso e se a questão da proibição não vai prejudicar ainda mais os municípios que já estão se preparando para o carnaval. O prefeito de Água Branca me relatou que o investimento lá foi reduzido em 50% este ano. Ele questiona que um terço do valor que a prefeitura vai investir no carnaval já foi pago e, caso ele desista, vai perder não só o que investiu, mais o recurso que será usado para pagar a multa”, disse Arinaldo.

O presidente da APPM lembra ainda que 60% dos recursos usados nos carnavais são oriundos da iniciativa privada. “O investimento em município pequeno é mínimo. Os prefeitos têm discernimento para saber onde investir. Jamais um gestor vai atrasar a folha de pagamento para investir numa festa”, finaliza.

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Fonte: Cidade Verde

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