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GERAL

Incidência do câncer de pele no Piauí chega em 20,33%

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O câncer de pele é o tipo de câncer mais comum em todo o mundo. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer – INCA, houve para o ano de 2016, a estimativa de 175.760 casos novos, sendo 80.850 homens e 94.910 mulheres . Na Campanha de Combate ao Câncer de Pele da Sociedade Brasileira de Dermatologia, que ocorre anualmente, no ano de 2016 houve a incidência de 14,1%, sendo essa incidência foi de 58,59% nas pessoas consideradas de risco. A incidência, no Piauí, chegou em 20,33%. A média nos últimos anos era de 10%, ou seja , a ocorrência vem aumentando apesar das constantes informações dadas à população em relação ao câncer de pele. A Campanha neste ano ocorrerá no início de dezembro.

A presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia Regional Piauí, Dra. Fernanda Ayres, destaca que os principais cuidados a serem tomados desde jovem para se manter uma pele saudável é a hidratação e proteção solar, estes constituem os pilares para o combate ao envelhecimento da pele. “Em nosso Estado, devido aos altos índices de radiação ultravioleta, os cuidados em relação à exposição solar devem ser redobradas: o uso de protetores solares, além de métodos físicos de proteção (como uso de chapéus, sombrinhas, bonés) devem ser mandatórios. Evitar exposição solar entre os horários de 10h e 16h. Além disso, é recomendado beber bastante água e líquidos para hidratação, uso de roupas leves”, destacou.

A pele é o maior e mais visível órgão do corpo humano, o limite entre uma pessoa e o mundo. É ela que garante a percepção de tato, temperatura, pressão, calor e dor. É por meio desse órgão que podemos distinguir texturas e manifestar carinho tocando outro ser. Para compreender determinadas emoções, dizem que é preciso “sentir na pele”, esse órgão vital sem o qual seria impossível sobreviver.

Segundo a especialista, recomenda-se a avaliação pelo dermatologista pelo menos uma vez ao ano. “Em algumas situações, como em pessoas mais idosas ou com patologias cutâneas, essas consultas devem ocorrer com maior periodicidade, já que com o envelhecimento cutâneo sabe-se que as alterações ocorridas deixam a pele mais propícia ao surgimento de diversas patologias na pele, bem como ser o período de surgimento maior do câncer de pele”, enfatiza.

 (Crédito: Raissa Morais)

(Crédito: Raissa Morais)

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Pele saudável

Ainda de acordo com a dermatologista, é possível envelhecer com uma pele saudável mesmo quando não se pode investir tanto em produtos cosméticos e de beleza com medidas simples de hidratação e proteção solar já podem propiciar um envelhecimento cutâneo mais saudável. “Não é necessário a pessoa utilizar uma lista enorme de produtos e ou procedimentos. Ela deve ser orientada pelo seu dermatologista a seguir o tratamento mais indicado a seu tipo de pele”, pontuou.

 (Crédito: Raissa Morais)

(Crédito: Raissa Morais)

Uso inadequado de produtos pode deixar pele seca

Silvia Marcondes Pereira, coordenadora do Departamento de Dermatologia Geriátrica da Sociedade Brasileira de Dermatologia, esclarece que a pele reveste todo o corpo atuando com uma eficaz barreira de proteção contra as agressões externas. É uma grande capa de proteção contra fungos, bactérias, produtos químicos, físicos e fatores ambientais, como o sol, por exemplo.

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“A pele, como qualquer órgão, sofre modificações com o passar do tempo e essas alterações ocorrem de forma variável em todas as estruturas provocando a aparência de envelhecida. O envelhecimento cutâneo se traduz principalmente por perda da hidratação, diminuição da oleosidade, diminuição da defesa imunológica contra agressores e, além disso, se torna mais frágil perdendo a capacidade de atuar como barreira protetora. Medidas simples diárias como limpeza, uso de protetor solar e hidratação podem garantir o envelhecimento com uma pele mais saudável”, afirma Silvia Marcondes. (W.B.)

Diminuição da imunidade contribui para infecções na pele

A pele do idoso apresenta uma menor atividade das glândulas produtoras de sebo e de suor, por isso, é uma pele mais ressecada e desidratada. Além disso, a menor atividade de células produtoras de colágeno e elastina, as fibras que dão firmeza e sustentação à pele, deixa a pele mais fina, mais flácida e com sulcos, e linhas de expressão, mais marcados, as rugas. Uma pele muito fina e ressecada costuma causar coceira. Não é infrequente que os idosos sofram com esse tipo de problema. Outra coisa que pode piorar o quadro de secura e coceira é o uso de algumas medicações, o uso inadequado de produtos na pele e o hábito de banhos quentes, demorados e com buchas.

 (Crédito: Raissa Morais)

Uso de hidratantes e protetor solar ajuda a diminuir efeitos do tempo na pele (Crédito: Raissa Morais)

A diminuição da atividade imunológica, comum na pele do idoso, torna a pele mais suscetível a infecções como micoses e viroses, tipo herpes zoster. O herpes zoster é, em geral, uma lesão que surge de repente, muito dolorida podendo apresentar bolhas ou manchas vermelhas, normalmente restritas a um lado do corpo.

“Para minimizar os problemas decorrentes da diminuição da atividade imunológica da pele, indicamos o uso de antioxidantes e mais uma vez aqui o papel do protetor solar tem a importância bem evidente”, frisa Fernanda Ayres.(W.B.)

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Qualquer lesão persistente na pele deve ser examinada

Outro problema que pode surgir na pele, decorrente do sol tomado a vida toda e da diminuição da imunidade, é o câncer da pele. Qualquer lesão persistente na pele, que não esteja cicatrizando, ou pinta ou mancha que se modifica deve ser examinada por um dermatologista para descartar ou confirmar esses diagnósticos.

“Entre os cuidados diários da pele envelhecida, recomendamos: banhos mornos, com sabonetes delicados que não façam tanta espuma e hidratação com cremes emolientes. Esses cremes devem ser passados, de preferência, com a pele ainda úmida, logo após o banho. Dependendo da característica de cada um, é possível utilizar hidratantes a base de glicerina, ureia ou mesmo alguns mais sofisticados, que contêm as gorduras normalmente encontradas na pele humana. Isso ajuda a manter a pele hidratada e evita a coceira. Também a torna mais resistente a infecções oportunistas, por diminuir o trauma e, portanto, reduzir microlesões que facilitariam a penetração de agentes infecciosos”, finalizou a médica dermatologista.

 (Crédito: Raissa Morais)

(Crédito: Raissa Morais)

É importante que a pele do idoso seja examinada ativamente, uma vez por ano, em busca de lesões malignas e pré-malignas, para que haja diagnóstico e tratamento precoces, evitando assim cirurgias maiores e mais traumáticas. (W.B.)

Fonte: Jornal Meio Norte

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