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Investigações de chacina em Francisco Santos voltam para delegacia de Picos

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Passados mais de dois anos do crime que vitimou quatro pessoas da mesma família, a Polícia Civil do Estado do Piauí ainda não tem respostas sobre a maior duvida da família. Quem matou as vítimas?

O caso passou para a delegacia especializada em homicídios da capital, mas devido as dificuldades da investigação, retornou para a Regional de Picos e agora está sob responsabilidade do delegado Agenor Ferreira Lima Júnior.

De acordo com o delegado, um dos maiores problemas do caso é o lapso temporal em que ocorreu o crime até hoje. “Cada dia que passa a elucidação fica mais difícil, no entanto com o retorno desse inquérito para Picos, mais especificamente no 2º DP, espero que intensifiquemos as diligências e cheguemos a autoria do crime”.

Além do tempo, Agenor elencou outras questões que podem dificultar as investigações como o efetivo e as viaturas da Regional de Picos.

“Os policiais de Teresina realizaram as diligências como poderiam, devido a distância do local do fato ter dificultado. Nosso próximo passo será ouvir as testemunhas, inclusive já temos alguns nomes para as oitivas e esperamos chegar a autoria o mais breve possível”, explicou o delegado.

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O crime

 Na noite de 26 de setembro de 2016 um crime bárbaro chocou todo o centro sul do Piauí.  Quatro pessoas foram assassinadas em uma residência na localidade Belmonte, em Francisco Santos.

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As vítimas foram Maria Teresa Silva, 50 anos (esposa), Fernando Collor da Silva, 26 anos (filho), Francivaldo Antônio da Silva, 24 anos (filho), e Anildo Apolinário, 24 anos (sobrinho).

Na época a polícia acreditava que pelo menos dois suspeitos participaram da chacina e o alvo seria o jovem Anildo Apolinário, recém-chegado na cidade. No local foram recolhidas cápsulas de revólver calibre 38. As possíveis motivações seriam vingança ou acerto de contas.

Família busca por Justiça

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“São dois anos de muita angustia, de muito sofrimento e de cobrança por justiça, que até agora não foi feita. Sou o pai, o esposo e o primo das vítimas que foram barbaramente assassinados em minha residência. No dia do crime eu estava participando de uma reunião política há 12 quilômetros da minha casa. Deixei todos com saúde e quando cheguei estavam todos mortos. Não tenho palavras para descrever como foi encontrar minha família ceifada.  Se eu tivesse me casa teria sido morto também”, disse o agricultor Antônio Raimundo da Silva.

Antônio disse ainda que em todo este tempo vem buscando por justiça, visitando constantemente a delegacia regional de Picos e até o secretário de segurança pública do Estado do Piauí da época.

“Procurei o delegado em busca de respostas e, após nove meses, por achar que a polícia de Picos estava devagar tomei a decisão de ir a Teresina. Fomos ao secretário de segurança pública que nos prometeu que iria fazer o possível para desvendar o crime. Acredito que já existem suspeitos”, contou o agricultor.

Passados dois anos, a falta de respostas e a demora na elucidação do crime continuam machucando toda a família das vítimas.

“Me sinto transtornado, dolorido e decepcionado, pois uma cidade como Francisco Santos acontecer um crime daquele tamanho. Sabemos que a primeira chacina aconteceu na cidade de Alegrete, a segunda foi com a minha família. Será que eles eram pessoas ruins? Estamos todos sofrendo, estou cobrando, tudo isso tem que ser descoberto. Será que se fosse em uma família rica já não teriam descoberto. Acredito eu que se Deus quiser que esses monstros irão ser punidos”, concluiu Antônio Raimundo.

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Fonte: Picos 40 Graus

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