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GERAL

Ligações clandestinas correspondem a 16% das perdas de energia elétrica

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Com o crescimento desordenado das cidades, aumenta também a quantidade de linhas de distribuição de energia elétrica irregulares, conhecidas como gambiarras. De acordo com o assistente da Direção de Planejamento e Expansão da Eletrobras Distribuição Piauí, Luiz Carlos Coelho, as perdas técnicas de produção somam 13% e os desvios gerais ficam, em torno, de 16% e são causados pelas redes clandestinas, como gambiarras e ‘gatos’.

“Para se ter ideia, sem essas perdas, poderíamos aumentar nosso faturamento em 20% ou reduzir o combo que fazemos de compra de energia, que seria em torno de R$ 120 milhões por ano, e que provoca a dificuldade de caixa e leva a gente a ter dificuldade em fazer investimento”, disse.

Luiz Carlos Coelho destaca que, como há uma perda muito grande de recursos, principalmente por conta das ligações clandestinas, a concessionária acaba deixando de investir em melhorias no fornecimento de energia elétrica no Estado, que deixa de receber ICMS e perde cerca de R$ 30 milhões por ano.

Para tentar coibir essas gambiarras, e com isso a perda de recursos, a Eletrobras tem intensificado a fiscalização da distribuição de energia elétrica, tanto na capital quanto no interior do Estado. As equipes estão realizando vistorias diárias de forma a impedir novas ligações clandestinas.

Em Teresina e áreas metropolitanas, o principal fator para o crescimento desse desvio de energia elétrica são as ocupações e loteamentos irregulares. Entretanto, diversas cidades do interior também passam pela mesma situação. “Hoje, nós estamos fazendo um investimento da ordem de R$ 25 milhões em Teresina e municípios próximos. Com isso, temos estimativas que devemos atender 25% da necessidade global do Estado; por isso, estamos na fase adiantada de negociação com o Banco Mundia,l uma segunda fase do projeto Energia Mais, para atender uma maior quantidade de pessoas em todo o Estado”, falou.

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Além disso, estão sendo feitos convênios com as prefeituras dos municípios, de forma a negociarem os débitos existentes. De acordo com Luiz Carlos Coelho, os gestores municipais estão devendo mais de R$ 200 milhões à concessionária e esses valores deverão ser ressarcidos com obras. 

O assistente da Direção de Planejamento e Expansão da Eletrobras Distribuição Piauí reforça que os prejuízos das ligações clandestinas vão além da perda dos recursos que o órgão deixa de receber. Segundo ele, as pessoas que fazem isso estão colocando suas vidas e a de terceiros em perigo.

“Os transformadores queimam mais rápido. Essas pessoas que fazem essas ligações não têm disjuntores, proteção; as redes são precárias, e quem faz ligação clandestina está levando risco para a pessoa e para sua família. O prejuízo é de ordem geral”, alerta. Ele acrescenta ainda que essas gambiarras podem ser de cunho social ou ainda de má fé.

“Nesses locais que já têm rede, nós atuamos mais intensamente e pontual, e fazemos denúncia nas delegacias, já que é um crime, presente no Artigo 155 como furto de energia e são cobrados os valores retroativos e multas”, finalizou.

Por: Isabela Lopes- Jornal O Dia

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