GERAL
MEC abre consulta pública para criar o ‘Enem online’
O Ministério da Educação abriu uma consulta pública para debater a construção de um formato de Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) online e já recebeu mais de 2,2 mil contribuições até as 18h desta quarta-feira (4). A consulta pública receberá contribuições até o próximo dia 17 no site enemdigital.mec.gov.br.
O ministro da Educação, Cid Gomes já havia anunciado que pretende reformatar o exame do MEC para que a prova não seja mais realizada em um único fim de semana por ano, mas “toda hora, todo dia”.
De acordo com o ministro, a ideia é que o banco de dados que contém as questões usadas nas provas do Enem seja expandido ao ponto de ter um número de itens suficiente para que várias provas sejam criadas seguindo a mesma metodologia de avaliação do exame.
Quem quiser participar deve responder um formulário com três perguntas. 1) Qual é a sua sugestão para a ampliação do banco de itens nas quatro áreas de conhecimento do Enem (linguagens, códigos e suas tecnologias; ciências humanas e suas tecnologias; matemática e suas tecnologias; ciências da natureza e suas tecnologias)? 2) Qual a sua sugestão para o aprimoramento da logística, segurança e aplicação da prova? 3) Gostaria de fazer algum outro comentário acerca do tema? É possível ainda anexar um arquivo ao formulário.
Em fevereiro, Cid Gomes comentou sobre a ideia do Enem online. “Imagina se o Ministério da Educação tiver, e isso sem nenhum cuidado com sigilo, oito mil quesitos de cada um dos temas, listados, colocados a julgamento público para que todos possam contestar. Se eu tiver esse banco de dados, ele pode ficar aberto ao público. Isso é fonte de estudo”, explicou Gomes, destacando que será necessário abranger todos os temas e suas subdivisões, graduados em perguntas fáceis, médias e mais complexas. Além disso, o conjunto de itens de cada prova terá que aferir o mesmo conhecimento dos alunos.
Após a consulta pública para a criação do banco, será preciso orçar uma infraestrutura que seja capaz de disponibilizar a provas para os estudantes que estão concluindo o ensino médio dentro de um período específico do ano. Os demais candidatos que quiserem testar conhecimento, poderão realizar a prova em qualquer período.
“Se a pessoa for capaz de decorar sem aprender oito mil questões de cada área, 32 mil quesitos no total, a pessoa é um gênio”, exemplificou Gomes, ressaltando que esse formato ajudaria inclusive a minimizar a possibilidade de fraudes no exame, já que não existiria mais a necessidade de vazamento de questões de uma prova específica.
Logo após a definição do banco de dados com as perguntas, o ministro diz que será necessário definir os locais de aplicação do exame, para que não haja o risco de terceiros realizarem a prova para o candidato. “O terminal do computador vai recolher uma pergunta do banco de dados de cada um dos temas, mas sempre uma pergunta diferente. Um estudante está aqui fazendo uma prova e o que está do lado estará fazendo uma prova totalmente diferente. Claro que a gente tem que ter estruturas seguras, pois a pessoa pode levar um outro”, afirmou o ministro.
Para a aplicação da prova de redação, o ministro destacou que será preciso criar mecanismos diferentes, já que a mesma precisa ser corrigida.
Fonte: G1
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