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Mel do semiárido é destaque em exportações e incentiva pesquisa com abelhas

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A cada ano vem aumentando a quantidade de exportações do mel produzido no estado. Este já é o segundo ano consecutivo em que o produto se mantém em segundo lugar na pauta de exportações do Piaui.

Apesar da situação da seca que se arrasta há cinco anos na região semiárida, o investimento e aplicação em tecnologias e capacitação em assistência técnica tem permitido aos apicultores superar e conviver com o clima, mantendo a produção e a qualidade do mel.

De acordo com o diretor geral da Central de Cooperativas Apícolas do Semiárido Brasileiro (Casa Apis), Antônio Leopoldino Dantas, o mel do Piauí tem um diferencial por ser tipificado, isso se deve à fauna e flora nativa da região que ainda mantém uma agricultura rudimentar e livre do uso de agrotóxicos.

No ano de 2014 o Piauí ficou em segundo lugar na pauta de exportações, tendo um acréscimo de 30% em relação a 2013. Já neste primeiro semestre de 2015 os números ultrapassam as estatísticas do mesmo período do ano passado. E segundo o diretor, o aumento ultrapassa os 30%, perdendo somente para a soja.

“Isso tem um resultado econômico e social bastante significante, a gente tem muito a comemorar em se tratando de economia local, o que tem aumentado significativamente a renda das famílias e contribuído para esse bom desempenho na pauta das exportações do estado”, diz Antônio Leopoldino.

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Todo o trabalho e investimento em relação à tecnologia são voltados para preservação, para que não haja perda dos enxames. No período onde se agrava a estiagem as abelhas são migradas para o estado do Maranhão até que no período mais ameno, com temperaturas mais baixas e com a presença de precipitações pluviométricas, os enxames são trazidos de volta ao Piauí para produzirem perante o florescer das plantas nativas. Uma produção que tem aumentado significativamente a renda das famílias e contribuído para um bom desempenho nos índices de exportações.

Na região semiárida, a professora bióloga Dra. Juliana Bendini está desenvolvendo trabalhos de pesquisa com as abelhas, um inseto da Classe Insecta, do Filo Arthropoda e da Ordem Hymenoptera. Juliana criou o Grupo de Estudo sobre Abelhas do Semiárido Piauiense. O grupo é composto por alunos das instituições de ensino superior de Picos, além de professores de diversas áreas que tem ideias alicerçadas nas necessidades dos apicultores da região.

O diretor da casa Apis ressaltou a importância de trabalhos como o da Dra. Juliana, segundo ele, estas pesquisas vão incrementar bastante a questão da introdução de novas tecnologias voltadas para a sobrevivência com a seca e aumento da produtividade.

De acordo com Antônio Leopoldino Dantas, o antes Centro de Tecnologia Apícola agora é Centro Tecnológico da Agricultura Familiar do Piauí, pois desenvolve tecnologias, melhorando a produção do campo, produzindo mais e com qualidade e envolvendo outras potencialidades da região, como a cajucultura e a caprinovinocultura.

“Um trabalho excelente que esta sendo feito numa região pobre, que merecia essas tecnologias modernas para que a gente possa ser competitivo e agregar valor aos nossos produtos, além de se inserir e conquistar os mercados mais exigentes para dar esta estabilidade que estamos tendo na apicultura”, finaliza Leopoldino Dantas.

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