Connect with us

GERAL

Mesmo com chuvas, baixo nível dos rios do Piauí preocupa ambientalistas

Publicado

em

Apesar das constantes chuvas, o baixo nível de água dos rios Parnaíba e Poti preocupa os ambientalistas. O rio Parnaíba sofre atualmente com a degradação das margens, enquanto o Poti está tomado por um tapete verde de aguapés, que surgem conforme o grau de poluição.

As chuvas registradas desde o início deste ano fizeram sete dos 25 açudes do Piauí ultrapassarem 50% da capacidade máxima. Os locais atingidos fora: Anajás, Beneditinos, Campo Maior, Joana, Poços, Pé de Serra e Salinas. Enquanto apenas dois açudes registraram 100%, o de Caldeirão e Ingazeiras.

Para a meteorologista Sônia Feitosa, a previsão é de mais chuvas nos próximos meses. “No Norte do estado vai ser comum chover. A região encontra-se assim e a expectativa é que chova mais ainda. Agora na região Sul acontece chuvas de forma isolada,  mas pontualmente forte, só que não em toda a região. É uma característica das chuvas desta época, que são das zonas de convergências intertropical”, explicou.

O superintendente do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), José Carvalho, destacou que os rios Parnaíba e Poti apresentam diferentes perfis por causa dos seus afluentes. “O rio Parnaíba, as bacias que o alimentam tanto do lado do Maranhão como do Piauí, têm recebido muito água desde dezembro e isso provoca uma influência grande sobre o afluente tanto que o reservatório de Boa Esperança, que esteve num nível crítico durante o verão, encontra-se no máximo novamente. Já o rio Poti, as principais bacias que o alimentam estão no Ceará e as precipitações pluviométricas têm sido bem abaixo da média histórica”, ressaltou.

O biólogo Ribamar Rocha alerta que se os níveis dos rios permanecerem baixo, as ameaças e prejuízos serão vários. “O primeiro problema que vai ter é a sedimentação, porque diminuindo o fluxo de água no rio vai aumentar este processo e agravar o assoreamento. Associado à isso, nós temos um novo fator, que é a proliferação de canarana, que é uma espécie de grama que cresce nesse banco de areia, diminuindo por sua vez o fluxo de correnteza do rio, agravando a situação”, comentou.

Publicidade

 

 

Fonte: G1

Facebook

MAIS ACESSADAS