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Promotor critica atuação da policiais descaracterizados

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O Promotor de justiça Fernando Santos criticou neste sábado a atuação de policiais militares descaracterizados. Na última quarta-feira (20) o promotor Eduardo Palácio foi perseguido e teve seu carro alvejado por PM’s que faziam um bliz sem identificação e sinalização. O fato está sendo investigado pela Corregedoria da Polícia Militar.

“Se policiais militares continuarem atuando à paisana em carros descaracterizados, teremos, além de ações ilegais, possíveis tragédias”, afirmou através de sua rede social facebook.

Eduardo Palácio Rocha
Eduardo Palácio Rocha

De acordo com o comandante do 4º Batalhão da Polícia Militar em Picos, tenente- coronel Edwaldo Viana, tudo tratou-se de um mal entendido.

“Estávamos fazendo uma blitz para prender uma quadrilha de arrombadores da região. Estávamos com as características de um carro de um grupo que havia feito assaltos e arrombamentos na cidade e o promotor estava em um carro com essas mesmas características. O promotor não sabia que estávamos realizando blitz, inclusive com carros descaracterizadas da PM e policiais a paisana, ele chegou a perceber uma movimentação em uma estrada da zona rural, onde estávamos no povoado Torrões,  e pensando que era bandido ele deu ré e voltou, a polícia solicitou que ele parasse o veículo, mas o mesmo acelerou e nesse momento  foi efetuado disparos contra o carro, o promotor ficou nervoso e acelerou, só parando o carro depois que o pneu furou”, explica o comandante.

Já a Associação Piauiense do Ministério Público (APMP) desmentiu a versão da Polícia Militar de Picos, e afirmou que o Promotor de Justiça Eduardo Palácio Rocha foi perseguido por um carro modelo Gol, completamente descaracterizado pertencente a PM. E que em nenhum momento a polícia solicitou que o promotor parasse o carro, apenas o seguiu sem anunciar que se tratava de uma blitz.

Por ter chegado a Picos no último domingo (17), Eduardo Palácio ainda não tinha conhecimento sobre rotas e itinerários da cidade. Ao estacionar no destino, viu um dos ocupantes do Gol que o acompanhava descerem do carro, portando uma arma. Apenas neste momento, temendo por sua integridade física, o promotor acelerou o seu carro, por pensar se tratar de uma execução.

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A partir daí, a perseguição durou vários minutos, tendo o promotor seguido rumo à Delegacia de Polícia de Picos, que estava aberta, mas com a sua porta apenas encostada, o que gerou dúvidas se estava ou não em funcionamento naquele horário. Ainda percebendo a presença do veículo atrás, o promotor seguiu para a BR-316, tendo conseguindo despistá-los por alguns momentos, sendo alcançado novamente. Ao chegarem na rodovia, disparos foram efetuados do veículo gol.

O promotor seguiu então em direção ao Fórum de Justiça, onde pediu ajuda aos policiais que lá estavam e, para denunciar o ocorrido, o promotor ligou para o 190, somente nesse momento que os ocupantes do Gol desceram do carro e se identificaram como policiais à paisana.

A APMP informou ainda que a metralhadora e uma pistola utilizadas pelos policiais foram apreendidas. O veículo do promotor também foi apreendido para a realização de perícia. Apesar do mal entendido ninguém ficou ferido.

Portal AZ

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