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Reajuste do salário mínimo deve elevar poder de compra dos piauienses

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O comércio varejista do Piauí espera faturar mais após o anúncio de reajuste do salário mínimo, que já está valendo desde o dia 1° de janeiro. O primeiro reflexo deverá ser um acréscimo nas vendas. Com a inflação oficial em 6,5%, o aumento de 8,8% no salário mínimo significa, de acordo com o Governo Federal, mais poder de compra para o trabalhador brasileiro.

Segundo o economista Nonato Paz, assessor econômico da Fecomércio-PI, o aumento real do salário mínimo vai permitir que o trabalhador consuma mais. “Em janeiro, por exemplo, deve acontecer um aquecimento nas vendas, primeiro por conta da compra do material escolar e segundo porque as lojas de departamento precisam queimar os estoques acumulados no final do ano passado e aí vêm as promoções. O aumento do salário mínimo vai contribuir para que o trabalhador, que é quem movimenta o comércio, possa comprar mais”, avalia.

Foto: Jailson Soares/O Dia


O reajuste de 8,8% do salário mínimo foi superior à inflação oficial, divulgada pelo governo, que foi de 6,5% ao ano

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Piauí (Fecomércio-PI) deve lançar, até o final de janeiro, a pesquisa de Índice de Confiança do Empresário, que irá traçar o comportamento da classe empresarial piauiense. De acordo com Nonato Paz, o estudo revela a expectativa dos empresários para 2015.

“No final do ano passado, houve um recesso, até mesmo o Índice de Compra e a Confiança do Empresário encerraram o ano com índices negativos. A expectativa é que as promoções de início de ano e o reajuste do salário mínimo movimentem o mercado e permitam o crescimento esperado”, comenta o economista.

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Nas ruas, o teresinense não comemora o aumento de R$ 64 no salário mínimo. A principal reclamação é de que os preços das despesas básicas, como as contas de água, energia, alimentação e impostos, também subiram. A dona de casa Maria de Lourdes afirma que vai precisar cortar gastos para fazer o novo salário mínimo render mais.

“O salário aumenta, mas o preço da alimentação, das tarifas de água e energia também sobe. Fica difícil para o trabalhador que recebe apenas um salário mínimo. Muitas vezes, só dá para pagar as contas, por exemplo, faturas de cartão de crédito ou gastos mais altos, como um aluguel ou prestação de carros”, conta Maria de Lourdes.

A empresária Ângela Raquel Marques pretende, em 2015, contratar o primeiro empregado para sua loja de artigos femininos, mas teme que a intenção de compra tenha índices negativos como no ano passado. “Para pagar um funcionário é preciso aumentar as vendas e o que aconteceu no ano passado foi que os consumidores compraram menos, até mesmo com o cartão de crédito. A previsão é de que, com o novo salário mínimo, as vendas voltem a crescer. É a expectativa de todos os empresários, em especial dos pequenos empreendedores em início de carreira”, pondera.

O cálculo do salário mínimo é feito com o percentual de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do ano retrasado, acrescido da reposição da inflação do ano anterior pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). A previsão do Ministério do Planejamento é que o reajuste do salário mínimo gere um impacto de R$ 22 bilhões nas contas públicas.

Por: Andressa Figuerêdo – Jornal O Dia

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